Leitores - 19/09/2014

O posicionamento da candidata Marina Silva em relação à aprovação da nova Lei dos Royalties, que aguarda decisão do STF, não está muito clara. Uns dizem que ela é a favor da nova redistribuição que tiraria, por exemplo, R$ 27 bilhões do Rio e R$ 10,5 do Espírito Santo, já em 2020, sem contar o enorme prejuízo para os municípios produtores. Outros dizem que ela defende a manutenção dos atuais contratos. O certo, mesmo, é que Marina tem de se posicionar de maneira mais objetiva quanto a este assunto, não deixando que a manipulem sobre algo tão importante e que pode fazer a diferença no caso de um segundo turno. Sob pena de passar à população insegurança e uma imagem de que continua a ser manipulada por grupos políticos e ainda tem características petistas de não saber de nada ou empurrar tudo com a barriga. O que também se aplica aos outros candidatos que vêm se mantendo meio indiferentes nessa questão tão importante para o país.

 A resposta do secretário de Mobilidade Urbana, na edição de quarta-feira, a um leitor que questiona as blitz realizadas no centro da cidade para cobrar IPVA, demonstra a confusão administrativa em que a cidade se encontra. Ele está agindo com a cabeça de secretário de Segurança, que um dia foi do governo do Estado. Está ok o racional, prender bandidos. Mas quem na cidade está pensando na tal da Mobilidade Urbana, que tem como foco fazer fluir o trânsito e não emperrá-lo. Quem está coibindo carro nas calçadas? Fila dupla? Temporização dos sinais de trânsito? Adotar talão de autuação corretos? Retirar os cavaletes de propaganda que estão enchendo as calçadas? Criar alternativas inteligentes e fazer este arroz com feijão é a missão. Cada um com seu chapéu. Em Nova Friburgo, todos querem fazer tudo e se nosso secretário responsável pela Mobilidade Urbana quer resolver problema que não resolveu como secretário de Segurança, o resultado é esta catástrofe artificial de gestão Cabral. Nó no trânsito de propósito, não!