O QUE não é proibido é permitido, porém, nem tudo que é permitido é legal, ético ou politicamente correto. É o caso da propaganda eleitoral e o uso excessivo daquilo que é permitido, não importa se o eleitor vai gostar ou não do marketing eleitoral proposto pelos candidatos. A poluição campeia e não há nada para impedir que continuem assim e muito mais até outubro.
NESTE ANO, os candidatos repetem a fórmula surrada de se comunicar com os eleitores com faixas e cartazes, invariavelmente apresentando as caras manjadas com seus respectivos parceiros. Candidatos a federal abraçam candidatos a estadual, o governador sorri certo da vitória, o senador se posta como homem sério e de bem e os presidenciáveis se mostram como verdadeiros chefes de estado. Tudo como manda o figurino do marketing eleitoral.
O FESTIVAL de placas ambulantes, bandeiras e estandartes dos mais diversos candidatos em Nova Friburgo mostra que os pretendentes abraçaram a comunicação visual custe o que custar, criando assim uma nova forma de poluição — a eleitoral. Não há um sinal de trânsito, uma praça, em que não estejam lá os cartazes e bandeiras com as caras mais diferentes e o que é pior, sem promessas.
NO CIPOAL das candidaturas no Estado do Rio os friburguenses não ficam para trás. Quase uma dezena delas corre atrás dos eleitores e não poupam estratégias para chegar mais perto do cidadão. Nem que para isto tenham que passar a bandeira ou levantar o cartaz na cara do eleitor.
UM DOS conceitos do marketing eleitoral é o de que se vota em pessoas e não em partidos ou ideias. Os interesses do eleitor são concretos e imediatos: o custo de vida, emprego, moradia, transporte, escola, assistência médico-hospitalar etc. E as pesquisas não apontam o interesse dos eleitores por valores políticos abstratos, como cidadania, representatividade ou sistemas de governo.
NA GUERRA entre a mentira e a verdade, o eleitor fica no meio, avaliando as propostas e as promessas dos candidatos. Mas, antes de se definir pela imaginação dos marqueteiros, é melhor conferir aquilo o que se pode fazer, sem ilusões. A hora é de constatar a realidade e decidir por quem possui as melhores condições de representar Nova Friburgo e a região. Os nomes estão aí.
COM QUASE um mês, a campanha eleitoral vai avançando e mostra que nada mudou em relação à anterior, de 2010. Os métodos de convencimento do eleitorado ainda são os mesmos, embora existam novas ferramentas tecnológicas para se chegar às massas. Porém, da propaganda eleitoral podemos tirar algumas conclusões sobre os candidatos: se estes emporcalham a cidade ou se preferem convencer pela força dos argumentos racionais disponíveis. Vamos fazer a escolha certa.
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