No dia 5 de dezembro de 2017 A VOZ DA SERRA noticiou em primeira mão que o vereador Professor Pierre, primeiro-secretário da Câmara Municipal de Nova Friburgo, havia registrado ocorrência na 151ª DP na tarde do dia anterior, a fim de comunicar o surgimento de “perfuração concentrada”, supostamente provocada por disparo de arma de fogo, no vidro de traseiro de seu carro particular. À época o fato também foi levado às representações do Ministério Público, tanto estadual quanto federal.
Passados quase oito meses, A VOZ DA SERRA publica novamente em primeira mão as conclusões apontadas pelo laudo nº 859/17, emitido pelo Serviço de Perícia Criminal do Departamento de Polícia Técnico-Científica PRPTC - Nova Friburgo, o qual admite, após longa exposição de argumentos, “a ocorrência de avaria compatível com as provocadas por impacto de projétil de arma de fogo (Ipaf), com a presença de rupturas radiais, iniciadas a partir do ponto de impacto. Sem registro de transfixação”, revela a coluna do Massimo.
A partir das informações do laudo, foi instaurado inquérito policial, a pedido do Ministério Público, com base em ocorrência identificada como “tentativa de homicídio provocada por projétil de arma de fogo”. O caso vem sendo tratado dessa forma.
“É lamentável que o combate à corrupção possa ter redundado numa ação de atentado à minha vida”, declarou Pierre (foto). “É muito triste ter que dispor de recursos e meios próprios para poder se proteger, e infelizmente passar por uma situação como essa, na qual, se eu não estivesse num carro blindado, poderia não estar mais aqui. Para quem achou que eu estava exagerando ao adotar este tipo de proteção a partir da orientação de especialistas, hoje fica constatado que não foi nenhum exagero. A prova está aí”, disse Pierre.
O vereador não se surpreendeu com o resultado das análises. “Mesmo antes do laudo, muitos policiais já estavam falando comigo que era tiro, e a informação acabou se confirmando. É uma pena a gente ter que se sujeitar a esse tipo de situação, e ainda ouvir de algumas pessoas que ‘isso é problema seu’, quando tudo isso é fruto de um interesse coletivo”, lamentou o parlamentar.
Não há previsão de prazo para que o inquérito seja concluído.
Deixe o seu comentário