Juiz Barucke será condecorado com Colar do Mérito Judiciário

Magistrado que atuou na Vara Criminal de Nova Friburgo receberá a honraria amanhã, junto a mais 42 personalidades, entre ministros, desembargadores, advogados, serventuários da Justiça e jornalistas
quinta-feira, 06 de dezembro de 2012
por Henrique Amorim
Juiz Barucke será condecorado  com Colar do Mérito Judiciário
Juiz Barucke será condecorado com Colar do Mérito Judiciário

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) fará festa amanhã, 8, Dia da Justiça, em sua sede, no 10º andar do Palácio da Justiça, no Centro da capital, em solenidade às 11h30, para reverenciar desembargadores, magistrados, advogados e personalidades fluminenses que prestaram relevantes serviços à cultura jurídica e ao Poder Judiciário em 2012. Os agraciados receberão o Colar do Mérito Judiciário, comenda instituída pelo TJ-RJ e tida como a maior honraria do órgão. Entre os 43 homenageados está o juiz José Gandur Helayel Barucke, ex-titular da Vara Criminal de Nova Friburgo na década de 1980. 

Desde que recebeu o convite para a honraria feito pelo presidente do TJ-RJ, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, o juiz Barucke, aos 73 anos, não esconde seu entusiasmo com a indicação. “Sem dúvida, uma honra e tanto. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro é um dos mais eficientes de todo o país atualmente, principalmente no combate a tão propalada morosidade”, avalia Barucke, que acredita haver falhas pontuais em algumas serventias que acabam atrasando a tramitação de processos. 

“Os juízes, então, trabalham arduamente, assim como os serventuários. É raro o magistrado que não leva processos para dar sentenças e despachos em casa nos fins de semana. Eu mesmo quando tirava férias só gozava os 15, 20 dias restantes. O início das férias era dedicado à atualização da demanda de serviço, que já era imensa na minha época”, recorda-se ele, esperançoso com a era digital do Judiciário, que já começa a despontar com a promessa de aceleração. 

Outra aposta na modernização da Justiça e no combate excessivo à morosidade é o incentivo às conciliações, uma prática defendida por Barucke desde sua atividade como juiz, evitando que muitas ações fossem encaminhadas para julgamentos e recursos. “Sempre tive como meta propiciar as soluções dos casos o mais rápido possível. Na área criminal, sempre procurei chegar à fase de julgamento o mais rápido possível, nunca muito longe da data do crime. As pessoas quando recorrem à Justiça querem soluções rápidas”, observa Barucke.

 

Um pouco da ampla atuação do juiz José Gandur Barucke 

 

O juiz aposentado José Gandur Helayel Barucke voltou às origens e atualmente atua como advogado, com escritório na Rua Portugal 40, 4º andar, Centro, mas antes de optar pelo Direito foi bancário por seis anos, até que o gerente do extinto Banco Pareto o convenceu a fazer o curso para defender os interesses do banco na Justiça. Foi o passo para Barucke tornar-se universitário de Direito na UFRJ. Ao formar-se, começou a atuar em Niterói, ficando por lá apenas por um ano e depois por mais cinco em Nova Friburgo, até que em 1972 foi aprovado em concurso público para a magistratura. 

Como juiz substituto atuou em Bom Jardim e São João da Barra, até ser removido para a antiga regional de Nova Friburgo (abrangendo as varas únicas de Itaboraí e Magé). Depois de peregrinar como substituto cobrindo férias de juízes titulares, assumiu, a partir de agosto de 1980, a Vara Criminal friburguense, com grande destaque para a agilidade no julgamento de ações e crimes de repercussão e comoção popular. De 1986 a 1990 Barucke atuou como juiz criminal no Rio de Janeiro, onde se aposentou da magistratura, tendo sido também juiz eleitoral em diversos pleitos. 

“O Direito está mesmo no meu sangue e voltei a advogar. Antes, ainda na adolescência, jamais imaginava que um dia fosse me interessar pela advocacia”, lembra o juiz, que ao longo da carreira acumulou ainda a presidência do Nova Friburgo Country Clube, a chefia da assessoria jurídica da antiga Secretaria Estadual de Justiça e Interior, no governo Marcello Alencar, e também foi secretário do desembargador Jorge Loretti.

 

Quem mais também será condecorado neste sábado

 

O Colar do Mérito Judiciário, uma honrosa condecoração ofertada pelo TJ-RJ, é uma medalha em metal dourado, esmaltada nas cores azul e branco com a insígnia do Estado do Rio de Janeiro ao centro e a inscrição “Tribunal de Justiça – ano de 1974”, com fita azul e branca, cores padrão do Estado.                    

Os homenageados deste sábado, 8, serão, além do juiz de Nova Friburgo, José Gandur Helayel Barucke, os ministros Francisco Cândido de Melo Falcão Neto (corregedor nacional de Justiça), João Otávio de Noronha (corregedor geral da Justiça Federal), Teori Albino Zavascki (do Superior Tribunal de Justiça), Paulo de Tarso Vieira Sanseverino (também do STJ), as ministras Rosa Maria Weber Candiota da Rosa (do Supremo Tribunal Federal) e Fátima Nacy Andrigui (do STJ), e Bruno Dantas Nascimento (conselheiro do Conselho Nacional de Justiça).

Também serão agraciados os desembargadores Henrique Nelson Calandra (presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros), Valéria Dacheux Nascimento, Denise Vaccari Machado Paes, Flávio Romano de Rezende, Juarez Fernandes Folhes, Fernando Antônio de Almeida, José Roberto Portugal Compasso, Regina Lúcia Passos, Lucia Helena do Passo, João Ziraldo Maia, Eduardo de Azevedo Paiva, Carlos Eduardo Freire Roboredo e Egas Moniz Barreto de Aragão Dáquer.

Os juízes Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro, Cláudia Márcia Gonçalves Vidal, Carlos Augusto Borges, Alexandre Oliveira Camacho de França, Sandro Pitthan Espíndola, Erica Batista de Castro e Ruby Del Carmen Ibarra Santana (do Tribunal de Justiça do Panamá); o advogado Marcelo Rossi Nobre; os serventuários do Poder Judiciário Ailton Leal Pereira, Nelson José de Souza, Geraldo Aymoré de Araújo Gama Júnior, José Carlos Tedesco, Hermes da Paixão e o major PM Sérgio Domingos da Cunha Bonato Júnior; os jornalistas Ancelmo Góis, Maurício Menezes e Tiago Soares Salles; o deputado estadual Paulo Sérgio Ramos Barbosa; o secretário estadual de Fazenda, Renato Augusto Zagallo Villela dos Santos; o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto de Souza Salles, Enéas da Silva Bueno (diretor executivo do Rio Ônibus) e o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. O TJ-RJ também fará uma homenagem póstuma especial ao servidor terceirizado, Elimar da Silva Felizardo. 

 

 

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