Amine Silvares
O projeto Jovens Vivendo Arte Contemporânea (JVac) vem gerando bons frutos já há algum tempo em Nova Friburgo. No último Festival de Cinema do Rio, o curta, produzido por integrantes do grupo, ficou entre os 45 escolhidos para ser exibido na Mostra Geração. Totalmente roteirizado, produzido e editado pelos jovens, o pequeno filme prova que há muitos talentos escondidos pela cidade e que só precisam de incentivo para florescer.
Neste ano, o curta-metragem produzido foi A Verdadeira Identidade, que narra a vida de pessoas que escondem suas verdadeiras personalidades por trás de alteregos. O tema atual conseguiu conquistar o público, que pode ver a produção que fechou o Festival de Cinema do Rio 2010, em Botafogo. Não foi a primeira vez que os membros do JVac participaram do festival. O primeiro curta produzido foi Saber Viver, que se destacou por seu tom leve em meio a tramas sobre miséria, violência e fome. No ano seguinte veio, Pesadelo Real: A Casa Maldita, um suspense sobre tráfico de órgãos, feito após a descoberta de um anúncio no jornal divulgando a venda de um rim humano. Desde 2007, eles têm participado da Mostra Geração e se destacado pelo seu trabalho.
Para a produção, todo o equipamento de filmagem e edição foi emprestado, já que o grupo ainda não tem uma sede própria. A Oficina-Escola de Artes disponibilizou as câmeras, enquanto a TVC ajudou emprestando seus computadores para a edição. Agora que o grupo se desligou do Ienf, o apoio às atividades dependerá de doações para desenvolver mais programas culturais.
Após quatro anos de existência, o JVac já levou cultura a diversos jovens da cidade. Com a ajuda de parceiros, como a Usina Cultural Energisa e o Cine Clube do Barão, o grupo visitou a Bienal de São Paulo, CCBB no Rio de Janeiro, foi a exposições no Museu de Arte Moderna (MAM) e participa de oficinas com artistas profissionais.
O JVac foi fundado no fim de 2006 e a ideia de Rose Borges era montar um grupo de estudos. Depois de uma mudança de planos, o grupo passou a levar jovens para praticar atividades artísticas, como dança, cinema, música, teatro e fotografia. Agora, Rose e Anna Clara Garcia dão continuidade ao projeto, ajudando jovens a realizar arte. Um dos destaques é Lucas Costa de Lima, de 19 anos, que ganhou concursos de fotografia e hoje trabalha profissionalmente na área. Ele contou que entrou no JVac em 2006 e começou a se interessar por fotografia. Depois de receber apoio para investir no hobby, Lucas vem ensinando o que aprendeu aos novos integrantes da equipe.
Um dos projetos para o fim do ano é a construção de um presépio em tamanho real, que será exibido na Usina Cultural Energisa. A confiança que tem sido depositada no trabalho do grupo mostra a competência dos jovens e a importância de iniciativas do tipo para ampliar os horizontes culturais. É preciso nutrir este tipo de potencial para que não se desvie e se transforme em algo que possa vir a ser prejudicial para os jovens e o resto da comunidade.
Usina Cultural exibe curtas do grupo
O grupo Jovens Vivendo Arte Contemporânea já teve a honra de participar de quatro edições do Festival de Cinema do Rio. Agora é a vez dos friburguenses prestigiarem a arte produzida pelos jovens da cidade. A Usina Cultural Energisa (2522-3687) exibirá na próxima quinta, 11, os quatro curtas feitos pelos alunos. Com duas sessões, às 17h e às 18h, a entrada é gratuita.
Em exibição estarão Saber Viver, primeiro curta feito pelo grupo, Pesadelo Real: A Casa Maldita, Volátil e A Verdadeira Identidade, que foi exibido na Mostra Geração deste ano e fechou o Festival do Rio. Para mais informações, o site do JVac é www.jvac.com.br.
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