No Dia Mundial do Doador de Sangue — 15 de junho — o Ministério da Saúde publicou portaria no Diário Oficial da União alterando as regras anteriores para doação de sangue. Agora jovens de 16 e 17 anos já podem ser doadores, desde que autorizados pelos pais ou responsáveis. A idade mínima anterior era de 18 anos. A nova regra também eleva a idade máxima de 65 para 67 anos.
Com a ampliação da faixa etária, o Ministério da Saúde prevê o aumento de 14 milhões de doadores no Brasil. Atualmente o país coleta 3,5 milhões e bolsas de sangue por ano, número considerado suficiente, embora inferior à recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estabelece em 5,7 milhões de bolsas anuais. Para 2012 a meta é chegar a quatro milhões de bolsas.
A portaria assinada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, permite doação de sangue a pessoas com até 67 anos, 11 meses e 29 dias, enquanto que com relação aos jovens de 16 e 17 anos segue regra já adotada na Europa e Estados Unidos. O mesmo ato oficial determina que a orientação sexual não deve ser usada como critério de seleção de doadores de sangue. No entanto, mantém a restrição de que homens que tenham feito sexo com outros homens, ou até mesmo com parceiras sexuais de homossexuais, não possam doar sangue por 12 meses, já que estão em situação de “risco acrescido”, já que os índices de HIV são maiores nesse grupo. A mesma restrição serve para heterossexuais que tenham feito sexo ocasional com desconhecidos nos 12 meses anteriores.
O peso mínimo para doação de sangue se mantém em 50 quilos. No entanto agora é possível que pessoas abaixo do peso doem após avaliação médica. Pessoas abaixo de 16 anos e acima de 68 anos também poderão ser analisadas por um médico em casos “tecnicamente justificáveis”. Quem tem piercing na cavidade oral e/ou na região genital poderá doar sangue 12 meses após a retirada do piercing.
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