JOSÉ VIEIRA JUNIOR
* Portugal, 21.05.1921
+ Nova Friburgo, 31.08.2010
Agradecimentos
No último dia 31, faleceu, aos 89 anos, José Vieira Junior, meu pai. Em seu último encontro comigo, deixou-me, dentre uma infinidade de lições de vida que tive o privilégio de receber ao longo de nossa convivência, uma das mais importantes: o valor da palavra agradecer, ser grato, reconhecer. Por isso, em nome de sua esposa, Idalina de Araújo Vieira, suas filhas, seus netos e netas, seus bisnetos e bisnetas, agradecemos a bênção de poder compartilhar esta existência com ele. Nascido na Ilha da Madeira, Portugal, veio com seus pais para o Brasil, para a zona rural de Cantagalo, ainda menino. Lá, ainda menino, perdeu o seu pai e viveu até aos 39 anos, quando passamos a residir em Nova Friburgo. Foi agricultor, pecuriarista, comerciante, empresário e empreiteiro da Sociedade Brasileira de Eletrificação, no momento da expansão dos serviços de força e luz para o interior. Trabalhou abrindo os caminhos em meio as selvas, aqui e em várias regiões do país, para as redes serem instaladas, através da Sede da empresa em Furnas. Sem nunca perder a sensibilidade, foi daqueles que cresceram com o coração de menino, humano e terno com a natureza, os animais e seus semelhantes. Viveu seus últimos anos aqui com a família e os amigos que fez. Aqui incluídos os amigos da Praça Getúlio Vargas, onde passava algumas horas do dia em seu jogo de damas e cartas, além da boa conversa, uma das suas principais marcas.
Por isso, deixo, em nome dele, o reconhecimento a todos que lhe proporcionaram momentos de convivência e que, de alguma forma, participaram de sua vida em um momento qualquer. Agradecemos pela assistência por ele recebida, onde esteve em seus últimos 6 dias, na Unidade Coronariana do Hospital Raul Sertã, nas palavras dele próprio: ”Fazem pouco caso deste hospital, mas aqui estou sendo muito bem assistido, elas (acredito serem as médicas e enfermeiras) têm cuidado e muito carinho comigo.” Nós também somos testemunhas do esforço e da competência de alguns profissionais da emergência e da UC com quem convivemos nesta oportunidade e somos conscientes do valor inestimável dos profissionais da saúde, principalmente a pública. Lastimamos, no entanto, o descaso das autoridades e a falta de políticas integradas para que os profissionais tenham melhores condições no desempenho de seu trabalho, sem dúvida alguma, sagrado.
Sendo hora de agradecer, agradecemos a você, José, por tudo de você que fica em nós. Foi lutador, guerreiro, firme e digno e não abandonou, mesmo nos últimos momentos, o seu senso de justiça e de honestidade, ao resguardar aqueles que o acompanhavam mais de perto. Que Deus os abençoe! Que Deus abençoe todos nós! Que Deus o abençoe!
Agradecida sempre, meu pai.
Maria José Vieira
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