Um dos maiores fomentadores da cultura na Região Serrana, o Sesc Nova Friburgo apresenta na próxima quarta-feira, 21, às 20h30, o Jongo da Serrinha, tradicional grupo de resistência cultural do estado do Rio de Janeiro. Com mais de 40 anos de história, o Jongo da Serrinha foi fundado em Madureira por Mestre Darcy e sua mãe, Vovó Maria Joana Rezadeira, que preocupados com a extinção do jongo na cidade transformaram a antiga dança praticada nos quintais da Serrinha num espetáculo contagiante, multicolorido e dançante. A apresentação, em homenagem ao Dia da Consciência Negra, tem entrada franca e a classificação é livre.
Graças a uma iniciativa do grupo, o ritmo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2005, como o primeiro Bem Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo em que mantém a tradição desta antiga dança de roda, Mestre Darcy e Vovó Maria também podem ser classificados como inovadores, pois modernizaram o formato original do ritmo ao introduzir violão e cavaquinho no jongo, ampliando a qualidade sonora.
O Jongo, ou caxambu, é um ritmo que tem suas origens na região africana do Congo e Angola. Chegou ao Brasil com os negros bantos trazidos como escravos para o trabalho nas fazendas de café do Vale do Paraíba no século XIX. O ritmo influenciou o nascimento do samba no Rio de Janeiro. Em sua trajetória de resistência, o Jongo da Serrinha se transformou em uma das mais genuínas referências da cultura carioca e vem se apresentando em diversas cidades do Brasil e exterior divulgando e preservando o ritmo com espetáculos de alta qualidade. LIVRE
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