Fotos: Regina Lo Bianco
Localizado às margens da RJ-130, altura do km 55 (sentido Teresópolis), o Jardim do Nêgo reúne um enorme acervo de esculturas originais, esculpidas nos próprios barrancos do terreno e protegidas por musgos específicos — uma técnica ainda sem paralelo em qualquer parte do mundo.
Por trás das obras, está a genialidade do cearense Geraldo Simplício, mais conhecido como Nêgo. Residente em Nova Friburgo desde 1969, o escultor viajou ao Rio de Janeiro para apresentar sua arte — à época adotando a madeira como plataforma — no programa de Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Acabou chamando a atenção da friburguense Maria Cecília Falck e foi convidado a ficar por aqui.
Foi somente quando adquiriu o sítio, no entanto, que Nêgo encontrou sua linha de expressão. Identificando formas na topografia do local, o artista retirou excessos, acrescentou detalhes e, unindo instinto, pioneirismo e talento, criou uma nova possibilidade de manifestação artística que já atraiu, e continua a atrair, turistas e curiosos do mundo inteiro.
Com inspirações históricas, culturais e religiosas, as esculturas gigantes compõem um intenso estímulo aos sentidos, impressionando pelo tamanho, pelas feições e também pela mensagem que transmitem. É o caso, por exemplo, da bela e forte imagem do parto de uma índia ou do impressionante presépio de Jesus.
Sem qualquer favor, o Jardim do Nêgo representa uma atração de interesse mundial, que todo friburguense e teresopolitano têm a obrigação de conhecer e promover.
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