O Jardim das Artes, em Mury, encanta quem conhece. O cenário, de muito verde e bem espaçoso, integra artistas e artesãos, que expõem juntos seus trabalhos, um complementando o outro. O grupo, fruto da união de dez profissionais em 2016, completa dois anos de atividades em novembro. Com o passar do tempo, outros artesãos se juntaram ao movimento, alguns por curto período, outros de forma integral, o que faz com que o local de exposição e venda conte, atualmente, com grupos e artistas individuais.
O espaço, alugado, fica na Avenida Manoel Carneiro de Menezes, 4.329, e funciona aos sábados e domingos, das 10h às 18h. Todos os participantes colaboram com a sua locação e manutenção. Além de buscarem sempre levar peças diferentes para expor.
“O estacionamento amplo e a arquitetura da casa são grandes diferenciais. E resolvemos chamar de Jardim das Artes porque é como se cada um se mobilizasse para cultivar esse espaço. E nem tudo que é arte é artesanato, nem todo trabalho manual é artesanato. Assim contemplamos todos os trabalhos”, conta Andrea Soter.
Cada um com olhar único. Entre os grupos, do ateliê Santa Lú estão expostos os trabalhos de cartonagem; o Arte e Vida trabalha com tecidos; o Arte em Mury apresenta peças em tecido e madeira; e o Scribel Atelier tem o biscuit.
Já entre os trabalhos individuais fazem parte da exposição a pintura Bauer (técnica alemã), pelas mãos da Andreza Brustle; trabalhos com porcelana por Carolina Henriques e Yara Pecci; cerâmicas produzidas por Marisa Poyares, Dinah Montenegro e Annamaria Di Donato; e as pinturas em telas e cerâmicas também por Dinah e Carolina.
Os artistas são moradores de Nova Friburgo, que veem as belezas da cidade como motivação e inspiração para criar:
“Nos conhecemos há muito tempo e resolvemos nos unir neste projeto. Procuramos outros artesãos que tenham trabalhos diferenciados, como forma de complementar e todos compraram a nossa ideia. Começamos com o objetivo de fazer uma exposição para o Natal, mas percebemos que as pessoas gostaram do espaço e da ideia, então resolvemos manter. Daqui dois meses completamos dois anos”, conta o artesão Luiz Carlos Corrêa.
“Quando começamos, quando identificamos a possibilidade de ficar em exposição em um lugar tão bonito, formamos um grupo que se mantém relativamente coeso. Recebemos novas pessoas, mas mantemos nossa base, o que não é simples tendo em vista que são quase dois anos juntos. Para manter as relações temos que ser muito harmônicos, pensar e querer a mesma coisa. Para isso, temos nossos objetivos e decidimos tudo juntos, em reuniões”, disse a artesã Andrea Soter.
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