Janeiro fecha com saldo positivo de empregos em Nova Friburgo

Embora resultado da indústria da transformação tenha sido negativo no estado, setor foi o que mais contratou na cidade
quarta-feira, 08 de março de 2017
por Dayane Emrich
Janeiro fecha com saldo positivo de empregos em Nova Friburgo

Nova Friburgo registrou saldo positivo de 135 empregos com carteira assinada em janeiro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foram 1.314 novas contratações e 1.179 demissões no primeiro mês deste ano.

Depois de um 2016 complicado, com variação absoluta de menos 493 postos de trabalho no primeiro semestre e menos 774 vagas de julho a dezembro, a melhora no resultado de janeiro foi puxada pela indústria da transformação. Enquanto no estado do Rio de Janeiro 15.608 postos de trabalho foram fechados no mês, somente neste setor, em Nova Friburgo a área teve variação absoluta de 184 novos trabalhadores. Ao todo, foram 505 admissões contra 321 desligamentos.

De acordo com o documento, o setor de serviços também contratou mais do que demitiu — 318 admissões contra 308 desligamentos — seguido da extrativa mineral, com 10 contratações e uma demissão. Já entre os que mais demitiram está o comércio, com 485 demissões e 431 admissões, isto é, uma variação absoluta de menos 54 trabalhadores.

Fazem parte do relatório também os setores de construção civil, 39 admissões e 42 desligamentos; administração pública, que teve 5 vagas fechadas no período; e agropecuária, extração vegetal, caça e pesca, que registrou 4 contratações e 9 demissões.

Comparado ao mesmo período de anos anteriores, os números chamam ainda mais atenção. Em 2015, por exemplo, apesar do saldo positivo, a variação absoluta foi de apenas 62; e em 2016, menos da metade do registrado em janeiro de 2017, com saldo de 53 novos postos de trabalho.

A súbita melhora vem deixando muita gente com esperança de voltar ao mercado de trabalho. “Se está contratando é sinal de que a situação está melhorando. Quem sabe eu seja a próxima a conseguir uma vaga”, disse Aline Santana, de 27 anos, que está desempregada desde junho do ano passado.

Amanda da Costa Moura, de 32 anos, ficou feliz com os resultados da pesquisa e também está na expectativa de arranjar uma ocupação. “Há mais de dois anos busco por um emprego. Venho vivendo de ‘bicos’, faço unha, virei consultora de uma empresa de cosméticos; faço o que puder para conseguir pagar as contas no fim do mês”, exclamou ela, que é formada em administração.

Quase 13 milhões de desempregados no país

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  aponta o crescimento no número de trabalhadores desempregados no Brasil. De acordo com os dados divulgados recentemente, cerca de 12,921 milhões de brasileiros estão sem trabalho formal.

Segundo o levantamento, houve um salto de 34,3% sobre o mesmo período do ano passado, isto é, 3,3 milhões de pessoas a mais sem uma colocação. A taxa aumentou pela terceira vez consecutiva, alcançando o maior nível da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto; ou seja, 12,6%.

Em pesquisa da Reuters, a expectativa era de que a taxa ficaria em 12,4 por cento, na mediana das projeções. "As pessoas estão indo procurar trabalho por uma questão clara de necessidade. É um questão de sobrevivência. Por isso a procura não para de crescer", disse o coordenador da pesquisa no IBGE Cimar Azeredo.

A explicação para o aumento do desemprego, conforme a Pnad, está relacionada a dois fatores: maior número de demissões (2,8 milhões) e aumento na força de trabalho — 1,554 milhão de trabalhadores a mais buscando uma posição. Outro dado que chama atenção no levantamento é a queda de 1,9% na população ocupada no último trimestre sobre o mesmo período de 2016. O setor que mais dispensou funcionários foi o da indústria, com 897 mil pessoas.

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TAGS: economia | Emprego
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