Inverno 2018 não será dos mais rigorosos, prevê Climatempo

Segundo prognóstico de meteorologista, frio mais intenso vai de agora até meados de julho, apenas
sexta-feira, 22 de junho de 2018
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
A névoa densa de manhã cedo, característica do inverno (Fotos: Adriana Oliveira)
A névoa densa de manhã cedo, característica do inverno (Fotos: Adriana Oliveira)

Precisamente às 7h07 desta quinta-feira, 21 de junho, um senhor muito distinto e respeitado despertará junto com boa parte dos friburguenses: o inverno. O senhor das lãs, da elegância dos gorros e cachecóis, dos casacos mais grossos e pesados, dos pêlos sintéticos nas abas dos capuzes que tanto estão na moda. O senhor do vinho, das fondues, dos caldos no fim da noite. O senhor das noites frias e estreladas, e da espiadinha (e quem sabe uma selfie?) no relógio digital da Alberto Braune para ver quanto está marcando de temperatura. O senhor das manhãs cobertas de névoa escondendo o sol.

Se o inverno é bonito na poesia, é triste para quem não tem o que vestir ou como se cobrir, e por isso campanhas do agasalho já acontecem pela cidade. Só a do Rock do Agasalho, na Praça Getúlio Vargas, arrecadou duas Kombis de cobertores, que já estão sendo distribuídos para pessoas carentes. A Associação Comercial (Acianf) também está entregando os donativos arrecadados para esquentar o frio, enquanto o Rotary está lançando a sua, já que este senhor também é implacável.

Dos analistas do clima chegam duas boas notícias: o inverno 2018 não será dos mais rigorosos; e o frio mais intenso vai de agora até meados de julho, apenas. No mais recente e completo prognóstico do Instituto Climatempo, divulgado nesta terça, 19, o meteorologista Alexandre Nascimento explica que o inverno deste ano não está sob influência nem do El Niño nem do La Niña, e esta neutralidade não cria condições para frio extremo, fora da normalidade. O ligeiro aquecimento do Oceano Pacífico dificulta um pouco a chegada de frentes frias com massas polares associadas, aquelas tipicamente de inverno, que derrubam bruscamente as temperaturas, sem necessariamente provocar chuva.

Notícias que circularam na web dando conta de que este inverno seria o mais rigoroso dos últimos cem, 200 ou até 300 anos são “fake news”, observou Alexandre. Assim como o outono foi de pouca chuva, este inverno manterá a tendência de tempo seco, sobretudo em junho, o que acende o alerta para as temidas queimadas. Também pode-se esperar elevação das temperaturas a partir do fim de julho e um setembro mais quente do que o normal. Até que o senhor inverno volte a dormir, às 22h54 do dia 22 de setembro.

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