Um dia depois do deslizamento de uma encosta na altura do Km 53,3 da RJ-116, em Boca do Mato, na subida da serra de Cachoeiras de Macacu, a concessionária Rota 116 ainda não tem previsão de reabertura da estrada em meia pista. A empresa responsável pela administração da rodovia depende de autorização da Defesa Civil de Cachoeiras para movimentar as pedras e terra que bloqueiam completamente a estrada desde as 10h30 da manhã desta quinta-feira, 10.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Cachoeiras, Rodrigo Amaral, há riscos de novos desmoronamentos na encosta, que está instável, e por isso foi solicitada uma vistoria dos profissionais de geologia do Departamento de Recursos Minerais (DRM) do Estado do Rio. Assim que o laudo do DRM for emitido, o que ainda não tem prazo, a Defesa Civil autorizará a concessionária Rota 116 a movimentar com segurança o material que desceu da encosta.
Por pouco não aconteceu uma tragédia. Algumas pedras rolaram por volta das 8h da manhã sobre a terceira faixa, dando tempo à Rota de sinalizar o trecho e acionar operadores. O tráfego foi interrompido cerca de uma hora antes do desmoronamento. "Ali é uma localidade com blocos de pedras soltas por baixo da vegetação. O terreno está instável", disse Rodrigo Amaral ao jornal A VOZ DA SERRA.
Por orientação da Rota 116, os motoristas que seguem para Nova Friburgo ou com destino ao Rio de Janeiro devem passar por Teresópolis e pegar a RJ-130 (Teresópolis-Friburgo). Outra opção é usar a RJ-142 (Estrada Serramar) e a BR-101.
Os ônibus da Auto Viação 1001 também estão sendo desviados por Teresópolis, num percurso 40 km maior. Segundo a 1001, passageiros com viagens rodoviárias pela Região Serrana entre os dias 10 e 14 de outubro podem fazer o cancelamento sem multa ou revalidar a passagem caso a origem ou destino seja Cachoeiras de Macacu.
A Rota 116 informou que máquinas, equipamentos, caminhões e operários já estão mobilizados e prontos para iniciarem os trabalhos de desobstrução assim que a Defesa Civil autorizar. Pela rodovia passam 20 mil veículos por dia em fins de semana, no trecho privatizado, de Itaboraí a Macuco.
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