Instituto Renal Gabriel Calixto: transformando dor em esperança

segunda-feira, 10 de março de 2014
por Jornal A Voz da Serra

Após a morte do jornalista Gabriel Calixto, falecido em maio de 2011, aos 32 anos, vítima de complicações pós-transplante de um rim, sua família resolveu transformar a dor da perda em esperança para aqueles que sofrem com o mesmo mal que atingiu Gabriel. E, através de uma homenagem, criaram um instituto que recebeu o seu nome, o Instituto Renal Gabriel Calixto.

A missão do IRGC é levar o máximo de informações possíveis aos que sofrem de doenças renais, principalmente aos que convivem com a mesma doença que Gabriel conviveu – a insuficiência renal crônica –  e, claro, informar a todos sobre a importância de se prevenir, garantindo o bom funcionamento dos rins. 

Para que esse atendimento possa ser completo, a instituição terá psicólogas à disposição dos associados e, em casos de problemas com hospitais ou recebimento de medicamentos, o IRGC também disponibilizará um advogado para prestar assessoria jurídica. E não para por aí. De acordo com a presidente do instituto, Amanda Calixto, irmã de Gabriel, parcerias com fisioterapeutas e nutricionistas — importantes tanto na prevenção quanto no tratamento da doença — também estão previstas.

O instituto iniciará suas atividades nesta segunda-feira, 10, com cerimônia de abertura às 19h na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) - (Rua Fernando Bizzotto 39). Na próxima quinta-feira, 13, será celebrado oficialmente o Dia Mundial do Rim e, para alertar a população, o IRGC promoverá no sábado, 15, uma ação social na Praça Dermeval Barbosa Moreira, marcando a campanha de alerta às doenças renais: "Março Amarelo”. O IRGC conta com uma equipe formada por: Amanda Calixto, presidente; Sarah Calixto, vice-presidente; Paulo Cesar Calixto, tesoureiro; Girlan Guilland, segundo-tesoureiro; e Bruna Maciel, secretária. Na assessoria jurídica, está a advogada Monica Navega; e na psicologia, Sarah Calixto, Priscilla Jardim e Janaína Muniz. 

Segundo Amanda, a expectativa de todos os envolvidos no projeto é grande, já que em Nova Friburgo existe um centro de hemodiálise, que funciona no Hospital Municipal Raul Sertã, atendendo a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de convênios particulares de toda a região — tanto os que conseguiram realizar o transplante quanto os que precisam de cuidados de prevenção, como diabéticos e hipertensos. "Pretendemos atender a todos que se interessarem e também as famílias dessas pessoas. A expectativa é grande e a melhor possível”, acredita Amanda Calixto. 

A sede do IRGC ainda está em fase de estruturação, mas já é possível entrar em contato com o instituto através do e-mail irgcnf@gmail.com ou da rede social Facebook — www.facebook.com/irgcnf. Quem quiser se associar, basta se cadastrar. O valor da mensalidade é de R$ 10 e será emitido um cartão de associado.


Para entender a doença renal

A principal função dos rins é remover os resíduos e o excesso de água do organismo. A doença renal crônica é a perda dessas funções. Essa doença afeta a maioria dos sistemas e funções do organismo, inclusive a produção de glóbulos vermelhos, o controle da pressão arterial, a quantidade de vitamina D e a saúde dos ossos. O problema é que, nos seus primeiros estágios, a doença não exibe sintomas e, em alguns casos, se desenvolve tão lentamente que só é notada quando os rins começam a ter um desempenho menor do que um décimo do normal. O estágio final da doença crônica é a falência renal e para que os rins possam funcionar o paciente passa a precisar de diálise (filtragem do sangue através de máquinas) ou até de um transplante de rim. A diabetes e a hipertensão são as duas causas mais comuns e responsáveis pela maioria dos casos, por isso, as pessoas que sofrem dessas doenças precisam ficar ainda mais atentas.


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