Motoristas que trafegam pela RJ-116, no trecho que corta o distrito de Conselheiro Paulino, tiveram uma desagradável surpresa esta semana com a instalação de tachões em alguns pontos da pista. O descontentamento é geral, conforme a série de reclamações que têm chegado à redação de A VOZ DA SERRA. Algumas queixas questionam a legalidade da medida, proibida por lei desde o início de 2010. "Até onde sei, os tachões são proibidos e prejudicam demais a suspensão dos carros. Isso é um absurdo! Que botassem então um quebra-molas”, protestou um motorista que ligou na manhã da última quinta-feira, 13, para a redação do jornal.
Além da insatisfação dos motoristas, a equipe de reportagem apurou que a recente instalação do equipamento vem propiciando a ocorrência de acidentes. Isto porque, ao verem os tachões muitos motoristas freiam abruptamente, facilitando batidas e colisões, como a registrada na manhã de quinta, entre um carro e um caminhão. Outro motivo das críticas enviadas ao jornal é que um dos tachões foi instalado a menos de cem metros de um radar, o que foi considerada uma medida totalmente desnecessária, pois os veículos já trafegam em baixa velocidade no trecho.
Tachões: dispositivo é proibido pelo Contran
Em janeiro de 2010 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proibiu o uso de olhos de gato e tartarugas em sentido transversal em quaisquer vias públicas do Brasil, sejam ruas ou estradas. O nome correto dos dois objetos usados para sinalização e redução de velocidade é "tachas e tachões”, conforme consta na Resolução 336 do Contran que destaca os danos provocados aos veículos e ao asfalto. O texto é claro: "Considerando que a aplicação de tachas e tachões transversalmente à via como dispositivos redutores de velocidade, ondulações transversais ou sonorizadores causa defeitos no pavimento e danos aos veículos”.
Em substituição aos tachões, especialistas recomendam a instalação de lombadas (quebra-molas), de mais placas de sinalização e até mesmo radares eletrônicos. É bom destacar que a utilização das tachas ou tachões em sentido longitudinal, para divisão de pistas ou sinalização de faixas, continua permitida.
Além dos danos aos veículos, há queixas sobre a colocação
desnecessária do tachão em um ponto próximo ao radar eletrônico
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