A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou no último dia 7 de julho e parece ainda não ter previsão para acabar. Em Nova Friburgo, a paralisação teve início no dia 23 de julho e desde então apenas os segurados da Previdência Social que agendaram atendimento pelo telefone 135, os que recebem auxílio-doença ou aqueles que precisam de perícia médica têm sido atendidos—8% dos cerca de 850 atendimentos previstos por dia.
De acordo com o servidor Alexandre Andrade, uma nova assembleia dos funcionários deve acontecer no próxima dia 25, para decidir os rumos da mobilização. “Estamos aguardando a garantia das nossas reivindicações pelo governo federal e a implementação do projeto de lei de anistia pela greve de 2009. Alguns servidores que aderiram a paralisação naquele ano foram descontados e com isso perderam diversos benefícios e direitos. Queremos a assinatura do acordo, enquanto isso, continuaremos em greve”, explica o fisioterapeuta, que trabalha há mais de 20 anos na unidade.
A greve, que acontece em âmbito nacional, busca reajuste salarial de 27%, além de incorporação da gratificação de desempenho de atividade no salário e concurso público para ampliar o quadro de pessoal. Segundo Alexandre, cerca de dez mil servidores do INSS já estão em fase de aposentadoria e dos 29 que trabalham em Nova Friburgo 20 já podem dar entrada no benefício.
Em nota divulgada na terça-feira, 15, o Ministério da Previdência Social informou que os segurados que não forem atendidos terão data de atendimento remarcada. Além disso, para evitar prejuízo financeiro, será considerada para a concessão do benefício a data inicialmente agendada. A nova data poderá ser confirmada pelo telefone de atendimento 135, no dia seguinte ao qual seria atendido. Ainda segundo balanço atualizado também nesta última terça-feira, apesar da greve, 52% das perícias médicas agendadas pelo país já foram realizadas.
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