O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou nesta terça-feira, 12, que vai concluir o trecho sem calçada e grades de proteção, às margens do Rio Bengalas, na altura do Prado, no distrito de Conselheiro Paulino, onde um homem caiu na última semana. O órgão informou que vai realizar obras no leito do rio no trecho do Colégio Rui Barbosa até o loteamento dos Maias. O projeto executivo já foi concluído e aguarda liberação do Ministério das Cidades.
Na segunda-feira, 11, o Inea divulgou que o contrato que executa, desde 2013, no principal rio do município, prevê obras somente nas margens no trecho entre o Colégio Rui Barbosa e o trevo de Duas Pedras. As obras no lado oposto, isto é, da escola até a Faol, onde faltam calçamento e grades de proteção, foram realizadas por outra empreiteira, através de outro contrato. Ontem, 12, o secretário municipal de Obras, Luiz Cláudio Gonçalves, disse que ia pedir ao Inea que fizesse um aditivo ao contrato para concluir o trecho. Mas o órgão se antecipou.
“O contrato da obra no trecho em frente à Faol não previa calçamento, por isso, não foi realizado. Como a obra já foi entregue, não cabe aditivos neste contrato. Já as obras realizadas atualmente no outro trecho do rio são de outro contrato. Sugeri ao governo que peça ao Inea que faça um aditivo neste contrato para a construção de calçada e guarda-corpo”, disse Gonçalves.
As obras de ampliação da calha, contenção das margens e desassoreamento do Bengalas, realizadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, foram divididas em trechos e executadas através de contratos diferentes. O primeiro trecho que recebeu obras de contenção e teve a calha ampliada foi o trecho da confluência com os rios Santo Antônio e Cônego, em frente a Igreja Luterana, no Paissandu até a fábrica Haga, no Centro. A canalização foi realizada pela Tecnosolo. Depois, em 2009, a mesma empreiteira iniciou as obras do Colégio Rui Barbosa até o loteamento dos Maias, concluindo-as em 2012.
Em 2013, começaram as obras que estão em andamento em Duas Pedras. Avaliadas em mais de R$ 195 milhões e executadas pelo consórcio formado pela EIT Engenharia e a Ferreira Guedes, deveriam ter sido concluídas em 2016, mas por conta da desocupação de casas às margens do rio e a indenização das famílias tem atrasado a entrega.
A próxima etapa deve ser realizada no trecho da Haga até a ponte de Duas Pedras. O curso do rio entre as avenidas Presidente Costa e Silva e Engenheiro Hans Gaiser ainda não conta com estruturas de contenção. Nesta terça-feira, 12, A VOZ DA SERRA esteve no local e constatou que vários trechos de calçadas, em ambos os sentidos, já caíram e colocam pedestres em risco. Não há prazo para o lançamento do edital de licitação para obras no local.
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