A indústria fechou 129 postos de trabalho em Nova Friburgo no mês de agosto. É o maior número demissões no setor em um único mês este ano. Desde maio, a indústria vem demitindo mais do que contratando na cidade. Foram 401 cortes, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado do ano, Nova Friburgo registrou saldo positivo de empregos.
Esse desempenho da indústria friburguense era esperado, tendo em vista o recente encerramento das atividades da metalúrgica NPF Automotive, em Olaria. Conforme A VOZ DA SERRA revelou em julho, a empresa foi adquirida pela alemã Knorr-Bremse, gigante global da indústria automotiva com sede no interior de São Paulo. Os negócios da NFP foram transferidos para lá.
Cerca de 100 funcionários trabalhavam na metalúrgica, fundada há mais de 60 anos. Poucos foram mantidos pela nova controladora. A maioria foi demitida. A expectativa é que parte da mão de obra seja absorvida pelo setor metal-mecânico da região. A NPF produzia componentes fundamentais para a estrutura de direção de caminhões e ônibus.
Com o fechamento de vagas na indústria, o número total de demissões na cidade subiu em agosto. Segundo o balanço mensal do Caged, houve 1.446 contratações com carteira assinada contra 1.566 demissões, o que representa 120 postos de trabalho a menos. Construção civil, (-9) administração pública (-14) e agropecuária (7-) também fecharam vagas.
Já o setor de serviços e o comércio encerram agosto com saldo positivo, ou seja, contrataram mais do que demitiram. Os números desses dois setores tendem a ser melhores nos próximos meses com a abertura de vagas temporárias para as festas de fim do ano.
De janeiro a agosto, o levantamento mostra que Nova Friburgo criou 420 novos postos de emprego formais. O saldo positivo até agora é pior que do que o registrado no mesmo período de 2017, quando o município contabilizou 586 vagas. Em 2016, em meio a crise no país, o saldo na cidade foi de menos 663 oportunidades no mesmo período.
Melhora no estado e país
Já o estado do Rio de Janeiro, abriu 2.917 postos de trabalho em agosto, sobretudo, no setor de serviços e na construção civil. Houve 97.312 admissões contra 94.395 demissões. O saldo positivo veio depois de meses no negativo. Em julho, a retração foi de um mil postos de trabalho a menos, por exemplo.
O Caged também registrou melhora nos números do país. Foram criados 110.431 empregos com carteira assinada quando se soma todos os estados. Esse resultado decorreu de 1.353.422 admissões e de 1.242.991 desligamentos. O setor de serviços também foi o destaque do mês com 66 mil postos. No acumulado do ano, houve crescimento de 568.551 empregos no país.
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