Indústria e comércio desaceleram crescimento econômico fluminense, em outubro

terça-feira, 17 de janeiro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Os setores da indústria e do comércio fluminense seguem em ritmo de desaceleração, com reflexos negativos na geração de emprego e na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). É o que mostra o Boletim de Conjuntura Econômica Fluminense, da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro), referente ao mês de outubro de 2011. Na comparação com setembro, a indústria geral teve queda de 0,9% e o comércio de 1,2%. O impacto foi tão grande no emprego que foram gerados apenas 13 mil postos de trabalho no período, 10 mil a menos que em setembro. A arrecadação de ICMS decresceu em 1,8%. O boletim pode ser consultado na página da Ceperj: www.ceperj.rj.gov.br.

O desempenho negativo da indústria geral apresentou queda de 1,9%, na comparação com outubro de 2010, medido pela Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com ajuste sazonal. O resultado seguiu a passos negativos na indústria de transformação com recuo de 1,3% e pior ainda na extrativa (petróleo/gás), com 4,9%. No acumulado do ano, o crescimento foi de 1% na indústria geral, de 3,5% na indústria de transformação e queda de 8,9% na indústria de petróleo e gás, puxada pela redução do preço do petróleo.

O comércio varejista do estado do Rio de Janeiro apresentou em outubro resultado negativo na comparação com o mês anterior (séries ajustadas sazonalmente), assinalando variação de -1,2 % no volume de vendas, inferior ao do país, que não registrou variação em relação ao mês anterior. Nas demais comparações, obtidas das séries sem ajustes, o comércio varejista fluminense teve, em termos de volume de vendas, um acréscimo na ordem de 2,7 % sobre o mês de outubro de 2010 e de 7,4% no acumulado do ano.

O emprego formal foi o que mais sofreu reflexo negativo com a queda da indústria e do comércio. Foram gerados 13.259 postos de trabalho, contra 23.903 de setembro. Os setores de serviços, comércio e indústria de transformação foram os que mais geraram postos de trabalho em outubro, com 5.425, 5.892 e 1.491, respectivamente. Ao comparar este resultado com outubro de 2010, houve expressivo decréscimo de 32,3% no saldo de empregos formais. Entretanto, no acumulado do ano, considerando janeiro a outubro de 2011, o saldo foi positivo com a geração de 155.993 empregos diretos.

Apesar da queda da arrecadação de ICMS em outubro, a receita totalizou R$ 2.074 milhões, um crescimento real de 6,2% no acumulado do ano (janeiro-outubro) e 3,1% em relação ao igual mês de 2010. Quando refere-se a setembro de 2011, o resultado registra decréscimo de 1,8%.

Mesmo com a redução do ritmo de crescimento em outubro, os principais setores mostraram bom desempenho no acumulado do ano. A indústria com 8% contra 8,5%, o comércio com 4,8% contra 5% e serviços com 5,1% contra 5,3%. No comparativo mensal, o comércio cresceu 2,3% serviços teve queda de 8,3% e a indústria com contração de 1,5%, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Fazenda.

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