O Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) assinaram na última terça-feira, 28, mais um acordo voluntário que prevê a diminuição gradual do uso do sódio em várias categorias de alimentos, até 2020. O documento estabelece metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil como temperos, caldos, cereais matinais e margarinas. O objetivo é melhorar a dieta do brasileiro, reduzir o número de obesos no país e promover maior qualidade de vida.
A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em agosto do ano passado pelo Ministério da Saúde. O consumo excessivo de sal, por exemplo, é apontado como fator de risco para a hipertensão arterial, daí a importância do acordo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o consumo diário de sal pelo brasileiro é de 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de menos de cinco gramas por pessoa.
Vale destacar que esta é a terceira etapa do acordo que o Ministério firmou para oferecer alimentos industrializados mais saudáveis, e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas na população, sobretudo, entre os mais jovens. Pesquisa realizada com mais de 54 mil brasileiros em 2011 revelou que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta. Se o consumo de sódio for reduzido (para a recomendação diária da OMS), os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.
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