Incubadora de Empresas da Uerj festeja 1º Dia Global de Incubação com café de confraternização e graduação de empresas

terça-feira, 20 de janeiro de 2009
por Jornal A Voz da Serra
Incubadora de Empresas da Uerj festeja 1º Dia Global de Incubação com café de confraternização e graduação de empresas
Incubadora de Empresas da Uerj festeja 1º Dia Global de Incubação com café de confraternização e graduação de empresas

Poucos trabalhos podem ser mais nobres do que ajudar alguém a transformar sonhos em realidade, idéias em resultados. Poucas missões podem ser mais apaixonantes do que conviver todo dia com gente empreendedora e inovadora. Quando isto ocorre, tudo fica mais simples. Causas nobres atraem pessoas do bem e parceiros comprometidos.

Seguindo um movimento mundial de comemoração, nacionalmente implementado pela Associação Nacional de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (Anprotec), a Incubadora de Empresas da Uerj Nova Friburgo comemorou o 1º Dia Global de Incubação de Empresas em 17 de dezembro, com café de confraternização e agenda repleta de atividades: apresentou uma retrospectiva das ações realizadas em 2008 e as perspectivas para 2009, graduou duas empresas participantes do seu programa de incubação (WAIS e Meristem), apresentou 16 novos projetos que passam a obter o suporte técnico-gerencial da incubadora e ainda o programa Prime, do Ministério da Ciência e Tecnologia, para diversos empresários.

A mesa do evento contou com a presença de diversas autoridades das diversas entidades que compõem o Conselho Diretor da Incubadora e outros convidados: professor Hélio Souto (diretor do IPRJ e presidente do Conselho), Ronaldo Calvo (pela Prefeitura), a gerente do Sebrae, Fernanda Gripp, o gerente do Senac, Valdir Silva, a consultora do projeto Empreender, Eliane de Castilho (pela Associação Comercial), e o vereador Marcelo Verly (pela Câmara Municipal). “Foi uma ótima oportunidade para que pudéssemos comemorar as ações desenvolvidas em 2008. Aproveitamos a oportunidade do evento e graduamos duas empresas que vêm obtendo sucesso no mercado em suas áreas de atuação. Este ano também comemoraremos esta importante data”, disse Luiz Borges, coordenador de Projetos e Desenvolvimento Tecnológico e gerente da Incubadora.

No evento Luiz Borges apresentou os resultados da Incubadora nos últimos dois anos: “Completamos o processo para graduação de cinco empresas e obtivemos um salto na taxa de ocupação da Incubadora, saímos com cerca de 20% e hoje temos 80% das salas ocupadas por novos empreendedores. Este esforço foi oriundo de um processo seletivo, que envolveu a capacitação de novas empresas. Isso naturalmente refletirá em novos desafios, no sentido de dar apoio a um número de empresas inédito assistidas pela Incubadora. Estamos neste momento apoiando, através de cursos e consultorias, 16 projetos empresariais nas mais diversas áreas de negócio. Sei que os desafios são grandes, mas, como dito na abertura do evento, ter parceiros como o Sebrae, a Firjan, a Associação Comercial, a Prefeitura de Nova Friburgo, a Câmara Municipal, entre outros, nos dá a certeza de que consolidaremos as parcerias e faremos novos projetos para o suporte aos empreendedores e, de forma mais abrangente, para o desenvolvimento econômico da região, através do empreendedorismo, da ciência, da tecnologia e da inovação. Temos muitas novidades já para janeiro, como, por exemplo, o lançamento do Programa Prime, apresentado neste encontro, que visa a fomentar com recursos financeiros empreendededores inovadores”, frisou Luiz Borges.

Outro momento especial do evento foi a graduação das empresas Meristem e Wais. A empresa Meristem, através da aplicação de técnicas de cultura de tecidos vegetais, produz plantas geneticamente idênticas à uma planta matriz pré-selecionada. A propagação “in vitro” permite a obtenção de mudas livres de pragas e doenças, o que pode resultar numa expressiva redução de custos em comparação aos métodos convencionais de propagação. Os planos da Meristem são ambiciosos. Segundo o empreendedor João Paulo, o objetivo é participar ativamente do movimento de inovação em Nova Friburgo. “Estamos retirando das prateleiras e colocando no mercado em breve três variedades de morango (Aromas, Camino Real e Camarosa) para trabalhar com a cadeia produtiva dos produtores de morango, cinco variedades de gérberas, com cores e formatos já aceitos no mercado de flores, e três variedades limonium. Destas, duas são inéditas no mercado, o que provavelmente ajudará a fazer de Nova Friburgo um centro de produção, com maior chance de ter sustentabilidade numa das suas aptidões: a floricultura e as pequenas frutas”, destacou João Paulo.

Para o diretor executivo da Wais, Tecnologia da Informação, Edgar Alexander, o suporte da incubadora foi essencial no desenvolvimento do projeto de sua empresa: “Foi muito importante para nós ter iniciado nossa empresa na incubadora da Uerj, pois possibilitou o suporte necessário para que pudéssemos crescer de forma sustentável. Quando da obtenção desta graduação já éramos uma empresa sólida, conhecida pela qualidade de nossos produtos e serviços. A Wais, através do suporte oferecido pela incubadora na parte gerencial ou na parceria com a universidade e seus pesquisadores, desenvolveu projetos com uso de tecnologia de ponta, seja através da utilização de smart cards (cartões inteligentes), handheld ou ainda de programação de microprocessadores. Hoje a Wais comercializa os softwares por ela desenvolvidos para o controle de gestão de diversos tipos de confecções de moda diferentes, sejam as que trabalham em células produtivas, linha de produção, ou ainda através de facções, além de sistemas para o comércio em geral, contando com sofisticados sistemas de lojas individuais, redes de lojas e sistemas para substituir os ultrapassados cartões de ponto”, frisou Edgar Alexander.

Os interessados em obter informações sobre a Incubadora e o programa Prime podem acessar o site www.nd2tec.iprj.uerj.br ou enviar e-mail para iebtec@ iprj.uerj.br. A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica – IEBTec funciona no Instituto Politécnico, campus regional da Uerj (Rua Alberto Rangel s/nº, bairro Vila Nova, subida próxima ao Corpo de Bombeiros).

Como surgiram as incubadoras

A criação das primeiras incubadoras ocorreu nos EUA e é vista como resultado de duas vertentes distintas, das incubadoras tradicionais que começam a ser criadas a partir da década de 70, como ferramenta para desenvolvimento de pequenas empresas e a vertente dos parques tecnológicos e universidades que contribuíram para a formação das primeiras incubadoras, sendo estas organizadas de forma simultânea, inclusive devido a realidades diferentes. O conceito de incubadora sofre, assim, várias transformações, de forma a responder às necessidades das empresas incubadas, inclusive passando a incorporar uma gama de serviços a lhes serem oferecidos.

A incubadora tecnológica é o resultado da evolução da universidade, bem como conseqüência da ampliação de sua missão e de seu foco para o desenvolvimento econômico e regional. Esta experiência norte-americana altamente exitosa, foi replicado em praticamente todos os países do mundo, e o Brasil não foi exceção. Estima-se que existam cerca de quatro mil incubadoras funcionando junto a universidades, em todos os continentes. No Brasil o movimento de criação de incubadoras de empresas ocorreu há 22 anos. Hoje já são mais de 400 espalhadas pelo país que articulam mais de 6.500 empresas, entre pré-incubadas, incubadas, associadas e graduadas. Essas empresas geram mais de 33 mil postos de trabalho altamente qualificados e produzem inovações reconhecidas nacional e internacionalmente na forma de contratos, premiações e parcerias. As empresas geram impostos anuais que já representam mais do que o dobro do que já foi investido pelo país nas incubadoras em toda a história do movimento.

Uma das características mais importantes dos programas de incubadora é que suas instalações e infra-estrutura básica são usadas por pequenos negócios e empreendedores: espaço físico e serviços de apoio técnico e gerencial. As incubadoras desempenham um papel de sustentação e ajuda à sobrevivência de novos negócios, o que é importante durante o período de início do negócio, quando eles ainda estão vulneráveis.

Além disso, as incubadoras desempenham um papel importante no desenvolvimento local e regional, pois facilitam o surgimento das micro e pequenas empresas, seu crescimento e sua consolidação. Podem ser vistas como um instrumento integrado a políticas no desenvolvimento de APLs e outras políticas sociais para a diminuição da pobreza, propiciando a qualificação profissional e a criação de oportunidades de geração de renda para grupos excluídos social e economicamente.

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