Inconsequência x Intransigência

quarta-feira, 06 de julho de 2011
por Jornal A Voz da Serra

Depois de ter visto um certo programa na televisão, fiquei por algum tempo olhando a tela do computador querendo escrever alguma coisa, iniciar um lamento, xingar alguns palavrões, tudo para procurar condições de rebater acusações que absolutamente não exprimem a verdade, simplesmente ratificam tudo aquilo que venho dizendo rotineiramente: “Cada um quer fazer o trânsito que lhe interessa, quer ser tratado com permissividade, quer vantagem para si, que se dane a coletividade”. Quando acham alguém que não aceita o jogo, são críticas em cima de críticas para desgastar a autoridade. Podem estar certos, já estão cansando com essa tática idiota.

Já disse e repito: não sou candidato a nenhum cargo eletivo, não pretendo concorrer a qualquer eleição; tenho a singela e humilde pretensão de fazer um dia, se Ele me permitir, com que o trânsito dessa cidade — que é uma das mais bonitas do estado — seja mais humanizado, mais solidário, mais tolerante. Que a gente possa se sentar na praça com nossos filhos e netos (meu caso) sem ter medo de um louco, drogado ou embriagado subir a praça e te atropelar. A missão é árdua, mas vamos em frente.

Mas ainda estou olhando para a tela e não encontro as palavras exatas para dizer aos detratores de plantão; eles não sabem nem o que é isso, que são infelizes, ignorantes, mal-amados e sei lá mais o quê. A minha falta de paciência com covardia vai muito longe, admito, aceito, respeito e luto pelo seu direito de que você emita qualquer opinião, que seja ácido, que seja duro nas críticas, mas forjar, criar, ameaçar, premeditar, é forte demais.

Quando nós responsáveis pela segurança da cidade — não tenho procuração de nenhum deles e nem é preciso, são profissionais da mais alta estirpe sempre preocupados com o dia a dia de nossa cidade — resolvemos intensificar as operações Lei Seca, não fizemos mais do que cumprir nossa obrigação: é lei, e lei foi feita para ser cumprida. Não podíamos aceitar passivamente que menores se embriagassem em pleno centro da cidade sem fazer nada, aí sim éramos para ser criticados. Também não podemos permitir que o cidadão que bebe todas saia por aí a ameaçar incautos e famílias. Onde estamos? E ainda ouvir críticas abertas. Ora, façam-me o favor, me poupem de ter que responder a isso. A minha irritação é tão grande pela covardia que agora as palavras se atropelam.

Aproveitar a emoção de alguns para vir a público levantar a tese absurda de que os comerciantes que vivem da noite vão falir é forte demais, menos. Se for assim vamos permitir que seja aberta uma banquinha de venda de crack, cocaína e maconha no centro da cidade, pois o traficante pode falir se for reprimido. NÃO ESTÁ PROIBIDO BEBER. ESTÁ PROIBIDO BEBER E DEPOIS DIRIGIR. ESSA É A DIFERENÇA.

Sem ter mais nada para criticar, sem ter o que falar, viraram as baterias para quem dá ibope: a AUTRAN. Dizer que precisamos melhorar a sinalização, colocar mais agentes nas ruas, instalar radares e furões (avanço de sinal), tudo isso eu aceito e assino também embaixo. Agora, dizer que a Autarquia é um desmando só, que não tem planejamento nem objetivo, que os agentes são mal-educados, truculentos e não fazem nada, que o ZERO vai tirar os turistas da cidade... aí continua a ser forte demais para o meu gosto.

Sabem o porquê dessas tristes e anunciadas críticas? Porque tiveram seus veículos infracionados e não tiveram as benesses que pensaram que iriam ter; foram tratados como todos são aqui: IGUAIS. Senão me engano alguns dos críticos que claramente não perdoam a Autarquia, tiveram os seus carros vendidos em leilão por dívidas de IPVA. Aí, o couro come em cima do órgão e de sua direção.

Podem estar certos, não vou esmorecer, só deixo a direção do órgão se o nosso Prefeito assim o quiser e vamos com críticas e tudo trabalhar em prol da cidade.

Para os críticos de plantão, a minha turma na Academia de Polícia em 1967 criou esse slogan para os momentos mais difíceis, que até hoje, nas horas apertadas faço como se fosse só meu:

OS FRACOS NEM TENTARAM. OS FORTES FICARAM NO MEIO DO CAMINHO. SÓ OS ABNEGADOS CONSEGUIRAM.

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