A PRESIDENTE Dilma Rousseff tem sido enfática em afirmar que os projetos sociais do governo não serão afetados com a crise econômica do país. Projetos como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida hoje estão consolidados e não passa na cabeça dos políticos a ideia de sua restrição ou extinção, o que causaria sérios problemas na política de inclusão social do Brasil.
A INCLUSÃO SOCIAL tem sido uma determinação dos governos municipais preocupados com a qualidade de vida das populações. Tema vastíssimo num país de graves contrastes, a intenção ganha importância quando se percebe o desnível econômico e social existente na comunidade friburguense, onde poucos ganham muito e muitos ganham pouco, repetindo a velha história da economia brasileira. A hora de se começar a mudar esse cenário, portanto, é agora.
AS MEDIDAS para superar os desequilíbrios sociais não estão restritas a medidas de ordem econômica. A inclusão social começa na educação, passa pela saúde e desemboca na qualidade de vida, no trabalho digno e nos salários. Não se trata, portanto, de uma tarefa simples. Afinal esta meta vem sendo perseguida pelo governo desde o primeiro mandato petista em 2003 e ganha a adesão de estados e municípios que também sentem as dificuldades de suas comunidades. Nova Friburgo não é exceção e tem todas as condições de fazer — e bem — a sua parte.
PLANEJAR a cidade para superar as várias diferenças sociais deve ser uma meta que envolve obrigatoriamente todo o secretariado, além da sociedade organizada, que tem muito a oferecer em termos práticos, sem depender do poder do Estado, que quase sempre desemboca num paternalismo inconsequente e sem garantias de equilíbrio social permanente. Muitas vezes os programas sociais do governo cuidam apenas do assistencialismo barato, sem oferecer um verdadeiro trabalho de inclusão social permanente.
PARA TANTO, o governo deve se municiar de projetos que tenham impacto direto na melhoria das condições de vida da população nos campos do desenvolvimento urbano, aí incluindo ações ambientais, sociais, rurais, buscando a universalização do acesso aos serviços de infraestrutura básica, de saúde e educação. Para tanto, é preciso um engajamento e uma busca permanente de recursos oficiais que possam facilitar essas conquistas, sejam eles através do governo estadual e do governo federal.
TAL PROPOSTA requer, principalmente, a adoção de políticas públicas que envolvam a sociedade como um todo, ganhando, evidentemente, a adesão total do Poder Legislativo na elaboração de novas políticas que privilegiem a população, sendo a inclusão social o carro-chefe das novas práticas.
EDUCAÇÃO, cultura, moradia, emprego e políticas urbanas são os pré-requisitos para um trabalho abrangente de inclusão social. Não se trata unicamente de benefícios sociais e, sim, de novas posturas em relação à comunidade, permitindo um avanço de toda a sociedade. A tarefa é desafiadora. Atingir este objetivo poderá dar a Nova Friburgo uma nova configuração social, alavancando o progresso como um todo, que é o objetivo dos governantes.
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