Imperatriz de Olaria surpreende, faz grande desfile e levanta a Alberto Braune

No enredo “A saga da fé", a representar o bairro mais populoso de Friburgo canta o amor à religião
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
por Vinicius Gastin
(Fotos: Juliana Tostes e Marcos Tostes)
(Fotos: Juliana Tostes e Marcos Tostes)

Representar o bairro mais populoso de Nova Friburgo não é uma missão simples. Mas quando o vermelho e branco da Imperatriz de Olaria despontaram na Alberto Braune foi possível sentir nos componentes da agremiação que a responsabilidade havia sido absorvida, entendida e transformada em alegria. No enredo “A saga da fé. A Imperatriz canta o amor à religião. O samba em forma de oração”, a coroa foi elemento fundamental em um passeio pelos elementos que envolvem as mais diversas crenças. Na força do pensamento e da fé, com um desfile leve e retratando as diversidades, a Imperatriz fez um desfile digno para tentar quebrar o jejum de dez anos e coroar todo o trabalho desenvolvido em seu barracão. Costumava-se dizer que quando a Imperatriz voltasse a fazer uma grande apresentação seria difícil segurar, por conta da força de sua comunidade. Esse dia pode ter chegado no último domingo.

Em processo de reestruturação nos últimos anos, a Escola apostou em fazer o melhor desfile dos últimos anos. E de fato conseguiu. A comissão de frente já anunciava que a meta poderia ser alcançada com luxo e criatividade. As religiões se misturaram no sincretismo da Imperatriz, e enquanto os anjos contracenavam com outras crenças, Nossa Senhora Aparecida surgia sobre o tripé. 

Os carros também trouxeram acabamentos bem retocados e praticamente impecáveis, amenizando alguns dos problemas observados em carnavais anteriores. O abre-alas trouxe o paraíso celestial, e na medida em que o enredo foi desenvolvido outros elementos foram retratados. O poder da fé, a cultura negra, os orixás, São Jorge e a saudação ao Santo Padroeiro coloriram a Alberto Braune.

A Imperatriz levantou o público com a apresentação da Bateria Swing Total, de Mestre Fred, que sempre traz um ritmo característico de marcação de surdos e utilização dos tamborins. Tantans também foram observadas na composição da bateria, que vestiu uma luxuosa fantasia vermelha e dourada. As paradinhas foram bastante aplaudidas, bem como a Rainha Annie Vianna e a Musa Viviane. 

O samba, composto por José Henrique Pires, Mateus Herdy, Lucio Pacheco, Ledir, Fabrício Corujão e Leo Torres, foi interpretado por Kaisso. A letra fez uma viagem por diversas religiões e crenças, contendo nomes e referências famosas que recheiam o universo da fé. A Imperatriz deu o seu recado de forma empolgante e fechou a apresentação com a tradicional Coroa, deixando clara a impressionante evolução da Escola na comparação com os últimos anos.

 

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TAGS: carnaval 2017
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