Luiz Augusto Queiroz
Desde o dia 7 de junho os professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro estão em greve por melhores condições de trabalho. Entre as reivindicações estão reajuste salarial de 26%, descongelamento do plano de carreira dos funcionários, eleição direta para diretores e incorporação imediata da totalidade da gratificação do Nova Escola. A expectativa era de que os docentes voltassem às salas de aula nesta segunda-feira, 1° de agosto. Porém, segundo o sindicato da classe, uma nova assembleia está marcada para quarta, 3, com o objetivo de se decidir sobre os rumos da greve. Uma liminar autorizou o governo do estado a cortar o ponto dos professores que não voltarem às aulas.
Na última terça, 26, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a liminar concedia ao Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe) que impedia o corte do pagamento dos dias parados. A partir desta segunda, 1°, os professores que não voltarem às aulas terão seus pontos cortados e o salário descontado. Ainda segundo essa decisão judicial, as escolas deverão se programar para que as aulas perdidas sejam repostas, evitando prejuízos aos alunos. O governo do estado, através da secretaria estadual de educação, informou ainda que já foi autorizada a contratação de 2,1 mil professores temporários que podem ser chamados a partir de 1° de agosto, caso haja mesmo uma necessidade de reposição das aulas.
Nesta quarta, 3, às 9h, os grevistas se reunirão na Fundição Progresso, no centro do Rio de Janeiro para decidir os rumos da greve. Na tarde de ontem, 1°, o secretário estadual de Educação Wilson Risolia anunciou um reajuste de 3,5%. Além deste reajuste, o secretário afirmou também que será encaminhado à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro proposta de antecipação em um ano da gratificação do Nova Escola e o descongelamento da carreira para os servidores técnico-administrativos. Enquanto isso, permanece tudo como está. “Com ou sem corte de ponto, a greve continua”, confirma Sidney Moura.
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