Impaciente rotina

sexta-feira, 15 de junho de 2018
por Jornal A Voz da Serra

      UM TRISTE espetáculo que derruba a história friburguense tão bem registrada em seus antigos imóveis pode ser observado nas ruas do centro da cidade. Muitas residências vem sendo demolido para dar lugar a estacionamentos de automóveis. Uma triste realidade e uma preocupante constatação – a saturação das ruas com o aumento expressivo de veículos em nossa cidade.

       RECLAMAÇÃO constante dos turistas, como foi observado nos últimos meses, quando a cidade recebeu expressivo número de visitantes, o estacionamento de veículos é uma romaria para milhares de motoristas e um privilégio para poucos. Além de disputadas, as vagas gratuitas ainda são “privativas”, numa afronta a quem paga impostos e exige um atendimento adequado, justo e sem privilégios.

MAIS QUE prometer a chamada mobilidade urbana que as cidades brasileiras carecem, precisamos combater a dura realidade dos dias atuais, sendo um dos piores exemplos o transporte individual no município. Sobram placas proibitivas e faltam vagas para os milhares de veículos emplacados no município, e de outros tantos que visitam a cidade.

       SEM VAGAS e sem a devida vigilância contra infratores, as ruas se transformam num labirinto no qual motoristas não encontram saídas. O jeito, infelizmente, é pagar – e caro – por uma vaga num estacionamento privado, deixando as ruas e avenidas para os funcionários públicos de todos os níveis, bancos, farmácias, supermercados, deficientes físicos, veículos de carga e um sem número de outros privilegiados.

       A SOLUÇÃO encontrada pelos motoristas para as vagas gratuitas é chegar bem cedo ao Centro, se quiser conseguir um lugar, mesmo sabendo que já encontram as vagas “cativas” de inúmeros comerciantes e moradores de prédios sem garagem, aumentando ainda mais a dificuldade.

NOVA FRIBURGO precisa solucionar, e rapidamente, as antigas reivindicações da população, sendo o trânsito um dos piores nós da gestão municipal. Se não, continuaremos chorando a perda de imóveis de valor artístico e histórico sem um eficiente sistema de transporte de massa. E, ainda por cima, sem vagas gratuitas para estacionar.

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