Os devotos de Santa Paula Frassinetti em Nova Friburgo têm só mais duas semanas e meia para poderem venerar a imagem peregrina da santa, canonizada em 11 de março de 1984 pelo papa João Paulo II, que a definiu como “verdadeira chamada de atenção para a afirmação da identidade e dignidade de mulher”. A imagem que se encontra no município desde o último dia 14 de abril permanecerá na Casa Madre Roselli, onde funciona também uma escola municipal com o nome da santa, até o próximo dia 10 de julho. A visitação pública da imagem exposta na capela da instituição religiosa das irmãs doroteias pode ser feita diariamente, das 7h às 17h. Após o dia 10 a imagem seguirá para São Paulo.
Santa Paula Frassinetti é muito querida pela comunidade doroteana em Nova Friburgo, que administra o Colégio Nossa Senhora das Dores e a Faculdade Santa Dorotéia, ambos no Centro de Nova Friburgo. Muitos fiéis que têm visitado a imagem peregrina se admiram ao conhecerem um pouco da bonita história de vida da santa milagrosa que ficou órfã de mãe aos 9 anos de idade e tornou-se uma adolescente dedicada ao lar e aos cuidados da família. Paula Frassinetti destacou-se por enfrentar os desafios históricos da Itália no final do século 19. Com determinação e fé em Deus, ela superou as dificuldades e com tamanha força de vontade criou uma congregação religiosa em 1834 voltada à educação das mulheres e meninas pobres, valorizando sempre a partilha e o amor ao próximo.
Paula Ângela Maria Frassinetti nasceu em Gênova, na Itália, em 3 de março de 1809 e, 12 anos mais tarde, após a morte da tia Ana Frassinetti e já órfã de mãe, assumiu as tarefas de sua casa e os cuidados do pai e dos demais quatro irmãos. Em 1834, Paula fundou com seis companheiras uma congregação religiosa voltada para a educação de mulheres. Um ano depois, assumiu a Pia Obra de Santa Dorotéia na Itália mudando o nome da instituição para Congregação das Irmãs de Santa Dorotéia. Em seguida, Paula Frassinetti assumiu também o Conservatório de Santa Maria do Refúgio e resistiu aos ataques revolucionários em Roma.
Ela também enviou irmãs para Portugal e ainda outras seis religiosas para o Brasil. Paula morreu em Roma, Itália, em 1882, aos 73 anos, deixando 21 comunidades e 369 irmãs de caridade em três países. Vinte e quatro anos depois durante a exumação de seus restos mortais no cemitério de Verano, em Roma, o corpo de Paula Frassinetti foi encontrado intacto e atualmente está exposto para veneração na Capela da Casa Geral das Irmãs de Santa Doroteia, em Roma. Em 8 de julho de 1930, Paula Frassinetti foi declarada beata pelo papa Pio XI após reconhecimento da cura milagrosa de dois pacientes: Vicenzino Giavognoli, em 1919 e Virgínia Caselini, em 1924.
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