A INFLAÇÃO para as famílias brasileiras está pior a cada trimestre. Divulgado na última terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação de preços de indivíduos com mais de 60 anos de idade, ficou em 1,23% no terceiro trimestre deste ano. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,21%.
EMBORA O governo faça a sua parte, não consegue evitar os repasses em reajustes e a inflação é mais cruel para os mais velhos. A constatação mostra que o país evoluiu pouco nos mecanismos de proteção aos idosos, tratando com desdém a terceira idade, ainda que esta seja responsável por 16% da renda das famílias brasileiras.
A PROVIDÊNCIA do governo ao tratar este assunto deve, portanto, ser maximizada pelos organismos de proteção e fiscalização, encurtando a diferença dos tratamentos a este importante setor da população. Os exemplos podem ser enumerados em diversos aspectos, porém a saúde vem se constituindo no grande mal a afligir os mais velhos, principalmente o custo dos medicamentos.
POR FALTA de políticas públicas de amparo, os idosos são tratados com total falta de respeito, ignorando as mais elementares regras de proteção, deixando quem já deu sua força de trabalho ao sabor das conveniências. Contra eles estão as diversas formas de violência, que vão dos maus tratos e da intolerância à falta de lazer, comodidades urbanas e benefícios na aquisição de medicamentos.
OS EXEMPLOS estão espalhados por todas as cidades brasileiras, marginalizando o idoso das atividades culturais, de lazer e entretenimento, assim como no respeito a quem já deu tanto pelo país. A própria Previdência Social não assume posição protetora do idoso, pagando aposentadorias irrisórias, fazendo com que o dinheiro recebido seja no máximo utilizado para a aquisição de medicamentos. As dificuldades se estendem por demais serviços, levando o idoso a ser considerado um fardo na vida nacional.
NO BRASIL, infelizmente, os idosos estão na mira dos políticos apenas em épocas eleitorais. A terceira idade deve ser respeitada através de políticas públicas de reintegração e ambientação, permitindo que os mais velhos sejam reconhecidos, quer no âmbito familiar, quer no convívio social com a cidade, recebendo do governo a devida proteção. Novas medidas devem ser introduzidas, valorizando os idosos, em respeito aos cabelos brancos e em reconhecimento pelos serviços já prestados.
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