Ibope: Dilma, Sérgio Cabral e Congresso em queda livre

A classe governante do país vive o inferno astral. É o que tem mostrado as pesquisas, como a do Ibope, divulgadas esta semana: a presidenta Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral despencaram na avaliação popular. E o Congresso Nacional, idem. Entre os 11 governadores avaliados pelo instituto, Sérgio Cabral obteve o pior desempenho. Logo ele, que caminha para a reta final do segundo mandato, depois de ter obtido a reeleição no primeiro turno em 2010.  Dos 812 eleitores cariocas e fluminenses ouvidos entre os dias 9 e 12 deste mês, apenas 12% considera a gestão ótima ou boa. A maneira dele de governar é aprovada por somente 29% dos eleitores, abaixo da média nacional, que é de 42%. Ele inspira confiança em 25% dos eleitores. Os números colocam em xeque a possível candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão, nome indicado por Sérgio Cabral para sucedê-lo. Na avaliação das ações do governo estadual por áreas específicas, o Rio se destaca em segurança pública como uma das mais elogiadas. Segundo a pesquisa, pesa contra o governador a opinião de 60% dos entrevistados, que considera que o Estado tem dinheiro suficiente para prover serviços públicos e pouco tem feito. DILMA - As reações da presidenta Dilma Rousseff às manifestações de rua não geraram impacto na sua popularidade. A avaliação da população ao seu governo caiu 24 pontos percentuais no período de um mês depois das manifestações de rua, que são apoiadas por nove em cada dez brasileiros (89%). As informações também são do Ibope, em pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Conforme o levantamento, 31% dos entrevistados deram nota "zero” para as reações da presidenta Dilma às reivindicações. A avaliação positiva da administração da presidenta caíra de 63% para 55%. Agora, aqueles que consideram o governo Dilma "ótimo” ou "bom” são 31%. Em relação à avaliação do modo de governar da presidenta, que representa um parecer pessoal sobre Dilma, a queda também foi grande. Ela recuou de 71% de avaliação positiva para 45% no intervalo de um mês. Agora, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que desaprova seu modo de governar (49%) é maior do que daqueles que o aprovam. O levantamento também mostra que metade (50%) dos entrevistados não confia na presidenta Dilma Rousseff. Na pesquisa anterior, este percentual era de 28%. Outro dado é que apenas 10% consideram seu governo melhor do que o do ex-presidente Lula. CÂMARA - A Câmara dos Deputados foi a instituição que teve a pior atuação em resposta às manifestações, com nota média de 2,8, numa escala de 0 a 10, segundo os entrevistados pela pesquisa da CNI em conjunto com o Ibope. O Senado recebeu nota média de 3; e a presidente Dilma, 4. Na média, os governadores e prefeitos também tiveram nota baixa, com 3,6 e 3,7, respectivamente.