Horário de verão pode levar até cinco dias para ser assimilado pelo organismo

domingo, 19 de outubro de 2014
por Jornal A Voz da Serra

O Horário Brasileiro de Verão começa a vigorar à meia-noite deste sábado, 18, para domingo, 19.  Moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão adiantar os ponteiros do relógio em uma hora, o que divide opiniões. Enquanto uma parcela da população aprova a medida pelo melhor aproveitamento do tempo, há quem considere o novo horário prejudicial à qualidade de vida. De fato, médicos são unânimes num ponto: a medida altera o relógio biológico e traz prejuízos momentâneos à qualidade do sono, gerando uma série de consequências.

Segundo especialistas, a adaptação do organismo ao novo horário pode causar irritabilidade, estresse, baixa produtividade, cansaço, fraqueza muscular, dores de cabeça, mau humor, alteração do apetite e diminuição na capacidade de concentração. Sem contar que a mudança pode provocar alteração da produção hormonal e fragmentação do sono. 

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que 40% da população brasileira sofre de insônia — distúrbio que costuma se agravar durante o horário de verão. Isso porque, segundo os especialistas, há uma quebra do ritmo de dormir e despertar, o que é extremamente prejudicial à saúde. Além da "perda” de uma hora de sono, a ansiedade de levantar mais cedo e a inquietação na tentativa de antecipar o horário de adormecer também são fatores que prejudicam a qualidade do sono.

Médicos explicam que um adulto saudável leva de dois a cinco dias para se adaptar ao novo horário. Para minimizar os incômodos desse período, especialistas recomendam evitar a ingestão de café, bebidas alcoólicas e refeições pesadas nas horas que antecedem o momento de dormir. O uso de tranquilizantes e remédios para dormir também é contraindicado. Outro fator importante para driblar os efeitos da mudança é manter a disciplina, pois faz com que o relógio biológico entenda e se adapte mais facilmente ao novo horário. 

O horário de verão irá vigorar até o dia 22 de fevereiro de 2015, o que poderá fazer com que a população aproveite melhor a luz natural. A exemplo de anos anteriores, a medida irá reduzir a demanda por energia no período mais crítico do dia, conhecido como horário de pico, compreendido entre 18h e 21h.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a redução média na demanda de energia no horário de pico durante os meses do horário de verão é de 4 a 5%. "Com o horário de verão, existe uma dilatação do período de pico, evitando-se assim uma sobrecarga no sistema elétrico, já que as pessoas aproveitam mais a luz natural. Desta forma, o consumo de energia dos clientes comerciais e industriais não coincide com o consumo residencial e da carga da iluminação pública”, explica o gerente do Departamento de Operação (Deop), Fernando Costalonga.

 

Confira algumas dicas da concessionária Energisa para o uso mais eficiente da energia neste período:

 . Aproveite ao máximo a claridade do dia, deixando as cortinas sempre abertas, evitando acender as lâmpadas;

 . Prefira cores claras nas paredes, que ajudam a refletir melhor a luz;

 . Deixe o chuveiro na posição verão, o que reduz em cerca de 30% em relação à posição inverno;

 . Abra a geladeira o menor número de vezes possível. O ar quente do verão entra no eletrodoméstico e faz o motor funcionar mais para manter os alimentos resfriados;

 . Prefira os equipamentos com o Selo Procel, que indica quais são os modelos que consomem menos energia;

 . Prefira lâmpadas do tipo fluorescente, que apesar de serem um pouco mais caras, gastam menos que as convencionais;

 . Prefira os ventiladores de pé, que são mais econômicos que os de teto, podendo reduzir em até 13,2 kWh o consumo de energia ao mês;

 . Limpe os filtros do ar-condicionado periodicamente, pois sujos eles impedem a circulação livre de ar, aumentando o consumo de energia;

 . Deixe a porta fechada onde houver ar-condicionado em uso;

 . Evite deixar a TV e o computador ligados sem necessidade. Sempre que possível, programe o desligamento automático. A função stand-by também consome energia.



CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade