O horário de verão termina no próximo domingo, 19, a partir da meia-noite, quando os relógios devem ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A medida, em vigor desde outubro, visa proporcionar economia de energia para o país, com menor consumo no horário de pico (das 18h às 21h), pelo maior aproveitamento da luminosidade natural.
Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade. A previsão do governo é de que o horário de verão deste ano resulte em uma economia de R$ 147,5 milhões. Na edição anterior (2015/2016), a adoção do horário possibilitou uma economia de R$ 162 milhões.
Apesar disso, não é todo mundo que gosta do horário de verão. Um projeto de lei do deputado federal Valdir Colatto (PMDB), do estado de Santa Catarina, quer acabar com essa rotina, adotado pela primeira vez em 1931 e repetido todos os anos desde 1985. Para o parlamentar, a economia alegada pelo governo, para justificar o horário de verão, é irrisória diante dos prejuízos causados pela alteração do relógio.
Colatto alega que o horário de verão afeta negativamente a maior parte da população, faz mal à saúde e aumenta o número de acidentes causados por fadiga, confusão de raciocínio e irritabilidade. O projeto está na Câmara desde 2007. Neste ano, o parlamentar reapresentou a matéria, que está em tramitação na Comissão de Seguridade Social e Família, mas não tem data para ser votada.
O projeto, tão polêmico como o próprio horário de verão, precisa passar ainda pelas comissões de Minas e Energia e a de Constituição e Justiça. Se for aprovado, pode ser enviado diretamente ao Senado para votação, sem passar pelo plenário da Câmara dos Deputados.
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