“A importância da Geotecnologia para planejar a reconstrução de Nova Friburgo” é o tema do Hora Técnica desta quarta-feira, 11, às 21h, na TV Zoom (Canal 10 do sistema RCA), tendo como participantes o arquiteto Eduardo De Vries, diretor financeiro da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Nova Friburgo (Aeanf) e secretário municipal de Meio Ambiente, e o geógrafo Pedro Higgins F. de Lima, assessor técnico e gerente de Projetos, Informação e Dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A intermediação caberá ao jornalista Paulo de Carvalho.
Para a ciência, o cataclisma ocorrido em janeiro em Nova Friburgo é apenas um entre inúmeros fenômenos geoclimáticos que periodicamente ocorrem ao redor do Planeta. Calcula-se que o acontecido na Região Serrana ocorra regularmente num intervalo de 300 a 500 anos. Mudanças climáticas e aquecimento global intensificam este impacto. Pode-se também acrescentar a ação do homem construindo, num processo de urbanização desordenada, em áreas de risco.
Em Nova Friburgo foram registrados 2250 deslizamentos, alguns com mais de 200.000m2 (o maior foi de 244.000m2, entre Córrego Dantas e Campo Coelho, o que, calcula-se, significam cerca de dez milhões de metros cúbicos de terra). Para estudar esta situação, mapear a região e fazer uma análise territorial, o município esta se utilizando da geotecnologia. Trata-se de um conhecimento que se vale do Sistema de Informação Geográfica (SIG), do qual constam procedimentos como sensoreamento remoto, geoprocessamento e GPS. Com isto será possível analisar a dimensão do ocorrido, calcular a área total de deslizamentos, planejar com critérios técnicos e prever impactos potenciais.
Há três possibilidades de ação nas áreas a serem corrigidas: obras de contenção; plantio com espécies nativas de Mata Atlântica, ou deixar que a natureza se encarregue do processo de revitalização. A geotecnologia é de fundamental importância para ajudar nesta tomada de decisão.
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