Hora Técnica aborda a criação de cabras e o desenvolvimento da produção do leite

O programa Hora Técnica que a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Nova Friburgo (Aeanf) leva ao ar nesta quarta-feira, 14, ao vivo, às 21h, na TV Zoom (canal 10 do sistema local por assinatura), abordará o tema A criação de cabras e o desenvolvimento da agroindústria do leite. Para debater o assunto, o coordenador da Câmara Técnica de Agroindustria, o engenheiro agrônomo Cristiano Valadares, recebe o diretor da Caprilat, o médico veterinário Paulo Celles Cordeiro.

Os telespectadores podem fazer perguntas aos participantes através do telefone 2519-2003. Para obter mais informações sobre a instituição, enviar sugestões, críticas, ou esclarecer dúvidas acesse o site www.aeanf.org.br ou envie um e-mail para aeanf@gigalink.com.br.

Uma introdução ao assunto

A Região Serrana do Rio de Janeiro conta atualmente com uma bacia leiteira que se apoia numa produção bastante significativa do leite de cabra, tanto econômica quanto tecnicamente. Em 1987, com a inauguração da Queijaria Suíça, em Nova Friburgo, foi estimulada a criação de cabras, em um desafio que foi também aceito pela Prefeitura de então.

O incentivo dado aos pequenos caprinocultores levou à produção local do leite, que logo se mostrou pequena diante da grande demanda do produto. Buscando solucionar essa questão, o governo do estado instalou, em 1992, através da Pesagro-Rio, uma usina de leite de cabra em pó. Ainda assim, foi necessária a importação do produto tanto dos Estados Unidos quanto da Holanda.

Em 2002, a Escabra (atual Caprilat), começou a secar o leite de cabra no município de Macuco, com o objetivo de substituir parte do produto importado. Já em 2005, passou a fabricá-lo de modo instantâneo. E em janeiro deste ano, arrendou a unidade fabril dos Laticínios Canaã, que passou também a produzi-lo. Atualmente, se processam 80 mil litros por dia de uma capacidade total de 150 mil. Além disso, queijos de cabra passaram a ser fabricados em uma indústria terceirizada em Aiuruoca: o Gran Caprino, o Caprino Serrano e o Caprino Esférico.

Com o aumento da produção de leite no Brasil, houve um desenvolvimento da bacia leiteira na região, embora ainda seja necessário importá-lo de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. No entanto, desde 2008, o volume do produto fabricado no país se tornou suficiente para atender a toda a demanda.