Hora da verdade - Corujão, Saudade, Vargem Alta e Amparo disputam vagas na decisão da Supercopa SAF

Apenas quatro dias depois do jogo-treino no Eduardo Guinle, Friburguense e Macaé voltam a se enfrentar na manhã deste sábado, 29, às 10h, no Moacyrzão. No primeiro confronto, o time norte-fluminense levou a melhor e venceu por 2x0, com dois gols do atacante Sergio Junior. 

O técnico Luiz Mendonça tem apenas uma dúvida para definir o time titular. Rainer, meia de 17 anos, disputa vaga com Dudu, jogador que está em período de testes no clube e ainda não apresenta as condições físicas ideais. De acordo com o treinador, a principal mudança no Friburguense será a de postura. "Vou cobrar dos jogadores que o time seja mais agressivo quando tiver a bola. Não podemos nos limitar a marcar, também temos que atacar o Macaé.”

O volante Bidu e o zagueiro Bruno ainda se recuperam de lesão e estão fora da partida. Leomir e o japonês Toshyia, que se reapresentou no início desta semana, também não viajam para Macaé.

O novo Maracanã será palco do jogo mais aguardado pelo mundo do futebol nos últimos anos. Brasil e Espanha decidem a Copa das Confederações neste domingo, 30, às 19h. Um estádio praticamente reconstruído para uma seleção em reconstrução. A expectativa, entretanto, é que o time de Felipão preserve muito mais do que apenas a "fachada”, como aconteceu com o Maracanã. É preciso que a verdadeira essência do futebol brasileiro acompanhe a equipe verde e amarela. A marcação deve ser consistente no meio-campo mas, com a bola nos pés, o Brasil terá que jogar. Velocidade, movimentação, inversão de jogadas. A Itália mostrou na semifinal que desta maneira é possível vencer o temido time espanhol.

Nos jogos anteriores, a seleção contou com o talento individual. É público e notório que o Brasil ainda não tem um time pronto, mas em consistente evolução. Neymar, a principal estrela, também evoluiu. Assumiu a camisa 10, chamou a responsabilidade e tem sido decisivo, mesmo prejudicado por um esquema em que não tem total liberdade para se movimentar. 

De fato, não era a hora do Neymar liderar o Brasil. Mas o insucesso de Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Robinho provocou o adiantamento da geração do ex-santista, de Oscar, Lucas, Bernard e companhia. A média de idade diminuiu consideravelmente e nomes como Thiago Silva, David Luiz, Marcelo, Luiz Gustavo e Paulinho passaram a ser imprescindíveis. Restou apenas Julio César, que tem dado conta do recado. Daniel Alves e Hulk ainda precisam se afirmar. E é exatamente pelo direito de ataque, onde o lateral italiano Maggio deitou e rolou sobre Jordi Alba, que o Brasil pode vencer a Espanha. Embora o time ainda esteja em formação (e algumas posições necessitam de um olhar mais crítico de Felipão), existe um fator fundamental: a seleção reconquista o povo brasileiro, embalada por um momento em que o nacionalismo aflora no país. O Brasil voltou a ser respeitado e temido pelos rivais. Esse resgate do verdadeiro futebol brasileiro é mais importante que o próprio título das Confederações...