Em 24 de março é celebrado o Dia Mundial da Tuberculose. A data foi criada em 1982, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e União Internacional Contra Tuberculose e Doenças Pulmonares (IUATLD, na sigla em inglês) para conscientizar a população sobre uma das doenças documentadas há mais tempo na história humana. Conhecida como TB, “tísica pulmonar” e “doença do peito”, a doença tem um bacilo causador que também pode afetar outras áreas do corpo, como laringe, ossos e articulações.
A data escolhida marcou os cem anos do descobrimento do bacilo Mycobacterium tuberculosis, causador da infecção, pelo médico Robert Koch. A intenção é mobilizar todos os setores da sociedade e esferas do governo para intensificar o combate contra a infermidade que ainda mata cerca de três milhões de pessoas todos os anos, sendo quase cinco mil por dia. Ainda hoje, mais de oito milhões de pessoas estão infectadas.
O contagio se dá através da liberação dos bacilos por pessoas infectadas quando estas falam, tossem, espirram ou cospem. O infectado também pode ser portador do bacilo e não ter a doença, o que altera o tratamento para quem tem infecção latente ou doença ativa. Para prevenir, a medida mais popular no Brasil é a imunização de crianças com a vacina BCG, que aumenta a resistência à enfermidade entre 50% e 80% sendo que, nas áreas tropicais, a eficácia da vacina diminui.
A pobreza, desnutrição, más condições sanitárias e alta densidade populacional são fatores contribuintes para a disseminação da doença. Apesar dos esforços para controlar a tuberculose, o surgimento do HIV atrapalhou bastante o combate. Na década de 80, os índices de infecções apresentaram queda, o que não se manteve durante a década seguinte e que foi agravado pelo risco de aparecimento de bacilos resistentes. Hoje, o Brasil convive com 50 milhões de infectados e uma média anual de quase 100 mil casos novos e aproximadamente seis mil óbitos pela enfermidade.
Deixe o seu comentário