Naquela manhã de sol uma menina apanhou uma bela concha numa praia do Mar do Norte. Por coincidência, a dez mil quilômetros de distância, na mesma ocasião, um menino também encontrava uma linda concha numa praia australiana.
Vinte anos mais tarde, esse garoto, já homem feito, foi para a Inglaterra e apaixonou-se por uma jovem, com quem acabou casando. Os anos se passaram, o casal teve filhos e, por acaso, num certo dia, cada um encontrou, em seus guardados, suas respectivas conchas.
As conchas eram tão idênticas, que, colocada uma sobre a outra, pareciam ser as duas metades do invólucro do mesmo molusco. O que veio a ser confirmado, mais tarde, por um especialista no assunto.
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O cargueiro inglês Saxilby afundou quando atravessava o Oceano Atlântico, durante o inverno de 1933. Nenhum dos seus tripulantes escapou com vida do naufrágio. Três anos mais tarde, porém, uma caixa de madeira foi atirada pelo mar numa pequena praia do País de Gales, a menos de uma milha de Aberavon, perto de Swansea. Dentro dela encontrava-se uma mensagem rabiscada por um dos marinheiros do cargueiro Saxilby: “S.S. Saxilby. Estamos naufragando ao largo da Irlanda. Penso em minha irmã, em meus irmãos e em Dinah. Joe.”
A irmã e os irmãos de Joe Okane, autor da mensagem, moravam em Aberavon.
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Georges Innes, pintor paisagista do século 19, é, atualmente, reconhecido como um dos grandes artistas norte-americanos daquela época. Sua fama teve início com um quadro conhecido como Lackawanna Valley, que Innes pintou quando era bem jovem, para uma companhia de estrada de ferro. A empresa pagou-lhe 75 dólares pela obra e mandou reproduzi-la centenas de vezes, como publicidade da firma. O quadro original, no entanto, desapareceu inexplicavelmente. As reproduções, no entanto, terminaram muito conhecidas nos Estados Unidos.
Muitos anos mais tarde, quando Georges Innes, já pintor famoso, viajava pelo México, ao entrar num belchior, reconheceu, jogada a um canto, a sua famosa tela. Comprou-a por uns poucos dólares, já que o proprietário da loja não sabia quem ele era, nem conhecia o valor do que estava vendendo. Esse quadro encontra-se na National Gallery of Art, de Washington.
Será que foi apenas coincidência o que aconteceu nesses três estranhos casos? Ou haverá outra explicação para o fenômeno?
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