A historiadora Janaína Botelho lançará seu segundo livro, “Histórias e Memória de Nova Friburgo”, no dia 13 de setembro às 19 horas, no Centro de Arte. A autora propôs, em sua mais recente obra, uma leitura histórica diferente da tradicional, de certa forma até inesperada, sobre os fatos e acontecimentos que marcaram a cidade. A característica principal do livro é levar ao conhecimento público histórias de pessoas comuns e suas interpretações dos fatos vividos por elas, ora significativos num contexto mais global, ora mais pessoal.
“Histórias e Memória de Nova Friburgo” é uma fonte indispensável para quem quer conhecer a história de Nova Friburgo. A obra é uma compilação de textos publicados pela autora durante dois anos, em formato de coluna semanal para o jornal A Voz da Serra. O fato de Janaína Botelho valorizar os cidadãos comuns como atores históricos representa uma característica marcante do livro e lhe confere um tom mais humanista. Janaína procurou não se prender a apenas uma classe social quando escreveu seu livro. “Sou influenciada por historiadores que tratam o estudo da História de uma forma mais humana, preocupada não só com os grandes fatos, mas com as interpretações de pessoas comuns.”
“Nasci em Nova Friburgo e isso facilita para o historiador local desenvolver uma pesquisa. Passei parte de minha infância, nas férias, em diversas cidades do centro-norte fluminense. Isso foi fundamental para que eu me sensibilizasse de que a história de Nova Friburgo passa pela história regional. Muitos historiadores locais têm negligenciado essa circunstância, ou seja, deixado de destacar o centro-norte fluminense como parte do contexto da história de Nova Friburgo”, diz a historiadora.
Janaína acredita que o momento mais importante do trabalho de produzir conteúdo para o livro foi transformar em texto o que as pessoas entrevistadas diziam, pois a criação da narrativa é o processo mais árduo da criação de uma obra como essa.
“Reapresentar o material bruto em texto e moldá-lo no sentido de inserir sentido e cronologia lógica ao texto foi complicado, mas ao mesmo tempo, muito prazeroso. A narrativa histórica é um aspecto essencial, pois tem que ter clareza, objetividade, isenção na análise dos fatos, além da problematização dos acontecimentos históricos. Considero a história como algo vivo, sempre mutante, pois volta e meia surgem novas fontes que são capazes de invalidar grandes teses. Mas considero isso parte de nosso cotidiano.”
“Histórias e Memória de Nova Friburgo” é um convite a desbravar o passado sem sair do lugar. A noite de autógrafos terá inicio às 19 horas, no Centro de Artes, na próxima terça-feira. O livro foi lançado pela Educam – Editora Candido Mendes.
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