Em seu novo livro, a historiadora Janaína Botelho convida o leitor a desbravar o passado, que pode conhecê-lo a partir desta terça-feira, 13, às 19h, no Centro de Arte. Com o título “Histórias e memória de Nova Friburgo”, a autora propõe uma leitura diferente da tradicional sobre os fatos e acontecimentos que marcaram a cidade. Em suas páginas, histórias de pessoas comuns e suas interpretações do que viveram, em contextos pessoais ou coletivos.
A obra é uma fonte indispensável para quem quer conhecer a história de Nova Friburgo, contada através da compilação de textos publicados pela autora durante dois anos em coluna semanal no jornal A VOZ DA SERRA. O fato de Janaína Botelho valorizar os cidadãos comuns como atores históricos representa uma característica marcante do livro e lhe confere um tom mais humanista. Ela não se prende a apenas uma classe social: “Sou influenciada por historiadores que tratam o estudo da História de uma forma mais humana, preocupada não só com os grandes fatos, mas com a interpretação de pessoas comuns”, ressalta.
Segundo ela, o momento mais importante do trabalho de produzir conteúdo para o livro foi transformar em texto o que as pessoas entrevistadas diziam, pois a criação da narrativa é o processo mais árduo da criação de uma obra como essa. “Representar o material bruto em texto e moldá-lo no sentido de inserir sentido e cronologia lógica ao texto foi complicado, mas ao mesmo tempo, muito prazeroso. A narrativa histórica é um aspecto essencial, pois tem que ter clareza, objetividade, isenção na análise dos fatos. Considero a história como algo vivo, sempre mutante, pois volta e meia surgem novas fontes que são capazes de invalidar grandes teses. Mas considero isso parte de nosso cotidiano”.
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