O prefeito Heródoto Bento de Mello se reuniu com o diretor geral da Águas do Brasil (que substituirá a Caenf a partir do próximo dia 15), Cláudio Abduche, e o diretor superintendente da Caenf, Alexandre Bianchini, para discutir, entre outros temas, o reajuste de 9,38%, concedido pelo governo anterior, e a execução imediata do tratamento dos esgotos.
No último dia 5, aconteceu um importante encontro envolvendo um dos principais compromissos do novo governo municipal com a população. O prefeito Heródoto Bento de Mello convocou para uma primeira reunião com parte de seu secretariado o diretor geral da Águas do Brasil, engenheiro Cláudio Abduche, e o diretor superintendente da Caenf, engenheiro Alexandre Bianchini. Na pauta, além de debates sobre o recente termo aditivo, bem como o reajuste de 9,38% – ambas medidas do governo anterior –, o prefeito exigiu o imediato tratamento dos esgotos, mas não da forma ajustada anteriormente “e sim, para que tenhamos, de fato, o nosso rio limpo novamente”, destacou o também engenheiro e prefeito Heródoto.
A Águas do Brasil comprou a concessionária local de abastecimento, empresa que assumirá a partir do próximo dia 15, quando passará a se chamar Águas de Nova Friburgo. A questão do reajuste, decretado no dia 8 de dezembro último, foi um dos pontos mais polêmicos da reunião, enquanto foi consenso a necessidade de uma completa revisão do contrato de concessão dos serviços, com a provável contratação de consultoria especializada – provavelmente a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Além de abrir as negociações entre a Prefeitura e a concessionária, no sentido de minimizar os efeitos do aumento para a população, o encontro serviu ainda para discutir a futura adoção da tarifa social, também um dos temas levantados pelo prefeito, que afirmou estar empolgado, principalmente com a possibilidade concreta de pôr fim a um grande problema causado à população. “Vamos ver se, afinal, conseguimos acabar com essa mancha e, assim, escrever uma nova história deste assunto”, disse o prefeito.
O prefeito e os secretários Braulio Rezende (Geral de Governo), o procurador Júlio Brandão Azambuja, Antonio Carlos Mastrangelo Teixeira (Fazenda), Annita Ferro da Cunha Lima (Gabinete), Antonio Carlos Berbet (Projetos Especiais), Girlan Guilland (Comunicação Social), Hélio Gonçalves Corrêa (Obras), Ivison Soares Macedo (Programa de Preservação Ambiental), Jorge Carvalho (superintendente da Amae - Autarquia Municipal de Água e Esgoto), José Eduardo Valentim (Planejamento), Luiz Cláudio Ferreira (superintendente da Empresa Municipal de Habitação e Saneamento - Emha), Marcelo Jaccoud (Serviços Públicos) e Roberto Gouvêa Vianna (Meio Ambiente) participaram do encontro no gabinete do Executivo, onde o prefeito mencionou “o belo manancial em que o município se constitui”. Segundo o engenheiro e prefeito, poucos municípios podem fazer o que Nova Friburgo faz: coletar água de qualidade e ainda poder dispô-la para abastecer outras cidades.
O engenheiro Heródoto aproveitou ainda para ressaltar que uma das coisas que não admitirá em seu governo, “e não tenho dúvidas de que os senhores também não (referindo-se aos representantes da concessionária), é a corrupção. Em 60 anos de vida pública não tive um ato deste tipo e estamos recomendando o máximo de cuidados”, alertou. O prefeito aproveitou ainda para mencionar o projeto do Grande Lago, que captaria água na cota 910 para abastecer, por gravidade, não só todo o município, bem como a região litorânea, mas defendeu que, neste caso, a Prefeitura deva receber royalties.
Mostrando interesse na proposta, Cláudio Abduche concordou com a reivindicação do prefeito, dizendo que, neste caso, trata-se da questão da outorga, afirmando ainda que gostaria de conhecer melhor o projeto, que é de autoria do engenheiro José Victor Pingret. Abduche lembrou, inclusive, a necessidade de abastecimento do Complexo Petroquímico da Petrobras, em Itaboraí, mas concordou também com o prefeito que esse é um assunto para uma etapa posterior.
Cláudio Abduche prometeu que vão ser desenvolvidos esforços para que possa ser apresentado, em 30 dias, um cronograma de obras, que seriam executadas ainda a partir deste primeiro semestre e antecipou que estão previstos investimentos importantes no abastecimento. Segundo ele, são valores em torno de R$ 80 milhões, distribuídos pelos próximos quatro anos.
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