Eloir Perdigão
A matéria publicada em nossa edição de quarta-feira, 5, sobre o Cine Theatro Almeida, em Amparo, atraiu à redação a advogada Janice Rocha do Couto, uma das herdeiras e inventariante do imóvel. Ela garante que o único processo na Justiça envolvendo o Cine Theatro e seus herdeiros é o inventário, e que este tramita em clima de muita paz entre as partes envolvidas.
Reafirmando que os cinco irmãos e seu pai, Manoel Francisco do Couto, não se digladiam na Justiça, e que predominam a concórdia e o entendimento entre eles, como inventariantes, Janice garante que o Cine Theatro não está com sua infraestrutura comprometida, embora necessite de reformas. O imóvel teve, inclusive, o seu telhado reformado em 2006. “É o local onde a família se reúne, e ela tem muito carinho com o imóvel”, enfatiza Janice. “Ninguém pensa em demoli-lo ou vendê-lo”, completa.
De acordo com a advogada, a família zela pelo imóvel do Cine Theatro “na medida das condições financeiras”. Janice explica que, inclusive, o imóvel é habitado. Um de seus irmãos, Guilherme, mora no local. A própria Janice reside ao lado e o mesmo acontece com seu pai. Segundo afirma, todos estão ao redor do imóvel do Cine Theatro e acompanham o que acontece ali.
PRESERVAÇÃO – De acordo com o relato da advogada Janice, já houve uma proposta de venda do imóvel do Cine Theatro à Prefeitura, através da Secretaria de Cultura, à época da prefeita Saudade Braga. A proposta chegou a se transformar em processo, tido como desaparecido na Prefeitura. E tudo ficou parado.
Segundo Janice, atualmente não há mais interesse da família em vender o imóvel do Cine Theatro à municipalidade. Não funciona nenhum tipo de comércio no prédio, que é apenas usado pela família para encontros e comemorações, o que até vem a provar que seu estado físico não é tão ruim assim.
Janice acentua que a família, agora, pensa em preservar o antigo Cine Theatro de Amparo e até aceita ajuda financeira, estando aberta ao diálogo para isto. A advogada emite sua opinião particular de que a preservação do imóvel deva ser feita através de uma Organização Não Governamental (ONG), ou uma fundação, sem a participação de políticos. As pessoas interessadas em ajudar neste sentido podem procurá-la no local.
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