Guilherme de Oliveira Estrella, que recebe hoje a Comenda Barão de Nova Friburgo em cerimônia realizada às 19h, no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, nasceu no Rio de Janeiro no dia 18 de abril de 1942. Licenciado em Geologia pela UFRJ, concluiu diversos cursos ao longo da carreira, com destaque para o Curso de Sistemas Deposicionais Clásticos no Bureau de Geologia Económica da Universidade do Texas, em Austin (1974), e a especialização em Gestão Empresarial pela Qualidade Total, na União Japonesa de Engenheiros e Cientistas, em 1993.
Terminada a licenciatura em 1964, Guilherme Estrella ingressou na Petrobras no ano seguinte. Lá iniciou a sua atividade como geólogo de poço e em pouco tempo tornou-se gerente de exploração da Braspetro no Iraque (1976-1978). Foi chefe dos setores de Interpretação de Bacias da Costa Leste do Brasil, de Geoquímica Orgânica e da Divisão de Exploração. Entre 1985 e 1993 ocupou os cargos de superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento em Exploração, Perfuração e Produção e de superintendente geral do Centro de Pesquisas da empresa (Cenpes). Em 1994 aposentou-se como geólogo.
Ocupou o cargo de diretor de exploração e produção da Petrobras entre 2003 e 2012, elaborando vários relatórios importantes sobre a origem e migração do petróleo — culminando com a descoberta na camada pré-sal do oceano brasileiro.
Guilherme Estrella foi também promotor do consórcio que atualmente conduz as pesquisas para exploração de petróleo em águas profundas da Bacia Lusitaniana, ao largo de Peniche, composto pela Petrobras, Galp Energia e Partex (Fundação Calouste Gulbenkian). Paralelamente à Petrobras, Guilherme Estrella ocupou cargos em várias associações profissionais, sempre ligadas à geologia. Foi vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Geologia (1986-1988) e membro, até 1991, da American Association of Petroleum Geologists. Em 1993, com 51 anos, assumiu a direção do Instituto Brasileiro de Petróleo, cargo que ocupou somente por um ano. Durante seis anos foi membro do Conselho Diretivo da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB), chegando à vice-presidência em 1993. Por quatro anos Estrella participou ainda no Conselho Directivo do Comité de Dirigentes de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Arpel – Associação de Empresas Petrolíferas Estatais da América Latina.
Ao longo da sua carreira, o brasileiro tem recebido inúmeras homenagens, das quais se destacam a Medalha de Mérito Santos Dumont (pela Força Aérea Brasileira), Medalha do Pacificador (pelo Exército Brasileiro), Medalha Escola de Minas (pela Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto), o Diploma de Mérito Profissional – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro, o Prêmio Rodi Ávila Medeiros – Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo, Prêmio Profissional do Ano – Personalidade de Petróleo e Gás no Brasil (pela Sociedade de Engenheiros de Petróleo) e, por último, o Título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro.
Sua relação com nova friburgo
A relação de Guilherme Estrella com Nova Friburgo vem desde sua infância, quando seu pai foi contratado para ser topógrafo da Leopoldina Railway. Ao se casar, Guilherme passou sua lua de mel no Hotel Garlipp. Mais tarde, em 1994, decidiu enfim morar em Nova Friburgo, onde reside até hoje. Durante a tragédia de 2011, Estrella disponibilizou, através da Petrobras, helicópteros, máquinas e equipes, e interveio contribuindo para a distribuição de combustível na Região Serrana.
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