Com o final das férias se aproximando, os pais já pensam no ano letivo que irá recomeçar logo no início de fevereiro. A volta às aulas costuma pesar bastante no orçamento das famílias. É a hora das famosas listas, cada vez mais caras, gastos com uniformes, material escolar e livros didáticos. Para não estourar o orçamento, as famílias buscam estratégias, algumas delas são a venda, troca e compra de livros didáticos e uniformes usados.
As compras do material escolar do começo de cada ano letivo são sempre um desafio, principalmente para quem deseja iniciar o ano fazendo economia. O aumento do material escolar entre 2019 e 2020 pode chegar a 8%. Na busca por alternativas para economizar, uma opção cada vez mais usada é procurar livros didáticos usados. Conversar com outros pais na própria instituição de ensino ou buscar grupos em redes sociais são algumas das táticas mais usadas. Outra ideia é organizar feiras, que podem ser realizadas na própria escola para promover as trocas.
Ao navegar pelas redes sociais é possível encontrar grupos para troca, venda e compra de livros didáticos e uniformes usados. Essa forma de economia sustentável consegue reduzir os gastos com o material escolar em pelo menos 60%. Em uma consulta às redes sociais foi possível encontrar seis desses grupos em Nova Friburgo, de doação, troca, venda e bazar de livros usados, no Facebook. Alguns realizam trocas e vendas para qualquer região do Brasil.
Os livros representam o maior gasto da lista de material escolar. Cada livro custa em média R$ 150. Em alguns segmentos escolares são pedidos até 12 livros. Na venda de usados, os livros podem sair até por R$ 20. De acordo com a realidade financeira de cada família, o dinheiro economizado pode ser utilizado para o pagamento de outras contas de início do ano, como o IPTU e IPVA.
A escolha pelos livros usados é uma importante maneira, também, de conscientizar os filhos quanto à relação com o consumo e sustentabilidade. Eles passam a cuidar melhor dos livros por saberem que serão passados à frente, além de não se importarem mais com o fato de alguns trazerem anotações nas páginas. Quem compra e deixa o livro em casa, após o ano letivo, acaba acumulando ou jogando no lixo, porque as bibliotecas não aproveitam essa modalidade.
A professora Juliana Corrêa comprou os livros da filha Rafaela, que foi passou para o 6º ano, de outra mãe. “Todos os anos compro usados e doo os que foram usados pela minha filha. Este ano, cada livro saiu por R$ 30. Se fossem novos, iria gastar até R$ 2 mil”, diz a professora incentivando outros pais a fazerem o mesmo.
Pais que tem filhos em séries escolares diferentes podem realizar a troca. A empreendedora Ana Cecília Santos conseguiu aproveitar o material da sobrinha, duas séries acima da sua filha. “Herdei os uniformes e a maioria dos livros. Ainda bem que elas estudam na mesma escola, mesmo em séries diferentes. A escola mudou dois ou três livros, apenas. Foi uma grande economia”, comentou.
Para quem não encontrou os títulos que precisava com outros pais ou grupos virtuais, há chance de encontrá-los em plataformas ou sites, que reúnem sebos e livreiros de todo o país, com preços convidativos também. De acordo com os administradores, a economia média é de 52% em relação aos preços das livrarias.
Deixe o seu comentário