Greve Geral: manifestantes realizam atos em Nova Friburgo

Atos em Duas Pedras, no Paissandu e na Avenida Alberto Braune foram realizados contra as reformas trabalhista e da Previdência Social
sexta-feira, 28 de abril de 2017
por Dayane Emrich e Alerrandre Barros

Grupos de manifestantes realizaram protestos na última sexta-feira, 28, em Nova Friburgo contra as reformas da Previdência Social e trabalhista e contra lei sancionada pelo presidente Michel Temer que flexibilizou a terceirização. Por causa do movimento, parte das escolas municipais, estaduais e particulares ficaram sem aulas na cidade. Os bancos também não funcionaram. 

Os atos denominados “Greve geral” foram convocados por movimentos sociais e sindicatos e também aconteceram em outras partes do país. No início da manhã, manifestantes bloquearam o trânsito na Avenida Comte Bittencourt, próximo ao Paissandu, e também no trevo de Duas Pedras, impedindo a passagem de veículos e do transporte coletivo. 

Ônibus que partiram dos distritos de Conselheiro Paulino e Campo do Coelho não conseguiram passar pelo trevo de Duas Pedras e foram desviados pela Rua Prudente de Morais. Já os coletivos que vinham de Conselheiro Paulino e Riograndina passaram pela Rua Augusto Cardoso, devido à interdição na Rua Duque de Caxias. Alguns ônibus que vieram de Mury, Lumiar e São Pedro da Serra tiveram o trajeto desviado para a Rua Moisés Amélio, em vez do viaduto, para evitar o congestionamento no Paissandu. 

A PM mobilizou agentes desde a madrugada, devido a boatos dando conta que manifestantes poderiam impedir que ônibus saíssem da garagem da Faol, na Avenida Roberto Silveira. Uma viatura ficou de prontidão em frente à empresa desde às 2h, mas não houve protesto no local. Segundo o comandante do 11ª BPM, tenente-coronel Eduardo Castelano, as manifestações em Duas Pedras e no Paissandu, foram pacíficas. A Guarda Municipal e agentes da Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) também apoiaram a PM. 

À tarde, partir das 16h, centenas de manifestantes voltaram a se reunir na Praça Dermeval Barbosa Moreira, onde vários representantes de movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores, organizados pelo Fórum Sindical Popular, discursaram contra as reformas do governo Temer. Na avaliação de sindicalistas, porém, adesão dos trabalhadores nas empresas foi pequena, cerca de 5%. 

“Muitos trabalhadores nunca conseguirão se aposentar se a reforma da Previdência for aprovada. A reforma trabalhista vai retirar direitos históricos dos trabalhadores. Por isso, estamos protestando contra este governo”, disse o coordenador do Fórum Sindical Popular, Ricardo Costa.

Os manifestantes seguiram em caminhada, a partir das 17h, pela Avenida Alberto Braune até à sede da Prefeitura de Nova Friburgo e seguiram pelo eixo rodoviário paralisando o trânsito. Com faixas, cartazes e bandeiras, jovens e adultos gritaram frases como “Fora, Temer”, “Fora, Pezão” e chamavam pessoas que estavam nos prédios, nas lojas e que passavam pelas calçadas que aderissem à mobilização. 

O ato causou congestionamento nas vias ao redor da Alberto Braune. Muitos motoristas buzinaram em sinal de reprovação contra o protesto. “As manifestações são legítimas, mas eles não podem impedir o direito do outro de ir e vir”, reclamou um motorista que preferiu não se identificar. Até o fechamento desta reportagem, a manifestação seguia pacífica. 

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TAGS: manifestação | Greve
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