Na manhã de ontem, muitos friburguenses não esperavam e foram surpreendidos pela greve dos vigilantes. A classe, que recebe R$960, reivindica um aumento salarial de 5%, além da reposição da inflação de 2011. Também pedem aumento do benefício de vale-refeição de R$ 8,85 para R$ 16,50 e melhora da bonificação por risco de vida, que hoje é de apenas 8%—os vigilantes gostariam de aumentá-la para 30% do valor dos salários. Além disso, eles reivindicam plano de saúde custeado pela empresa.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Nova Friburgo, Manoel do Nascimento, a greve é por tempo indeterminado e a paralisação é justa e dentro da lei. Ele também lembrou que alguns bancos estão funcionando de forma irregular, com apenas dois vigilantes em serviço, quando o correto, são três funcionários.
A VOZ DA SERRA foi às ruas para saber o que as pessoas acham da greve e qual o impacto no dia a dia da população.
“Eu acho que no fundo ninguém pode sair perdendo. As pessoas que dependem do banco tem uma rotina a seguir, mas também temos que ver o lado dos vigilantes. A gente não sabe qual a situação deles, mas ninguém faz greve à toa. Eles devem estar reivindicando alguma coisa que, de repente, foi prometida e até hoje não foi resolvida. Assim como na nossa categoria, nós queremos ser ouvidos, também devemos respeitar o que é direito dos outros. Então, eu acho que causa um certo transtorno mas se é de direito, eles devem correr atrás.”
Rogério Azevedo, 52, motorista, Centro
“Eu acho que está certo correr atrás de melhorias e tirar de quem tem muito para dar pra quem tem pouco. Quanto mais incentivo de trabalho você tiver, melhor vai ser o seu trabalho.”
Kyscilla Maria, 27, jornalista
“Eu concordo, porque cada um tem o direito de lutar pelo o que quer, apesar de prejudicar muita gente. Mas, as pessoas têm que entender que eles estão buscando direitos.”
Natalino Rodrigues da Silva, 63, pedreiro, Centro
“Olhando pelo lado da população, eu acho que atrapalha a gente, mas, a reivindicação deles é por uma causa de melhorias de salário. Por um lado é justo pois estão reivindicando um direito deles. Para gente, isso pode não ser importante pois acabamos prejudicados, mas, é válido pela causa deles.”
Juarez Oliveira Leal, 44, motorista, Braunes
“Eu acho justíssimo. O salário é muito baixo. Desde a última greve eles pediram plano de saúde e aumento do ticket refeição e não foi cumprido.”
Cristiano Baptista, 39, guarda municipal, Centro
“Eu concordo. A greve é um direito do cidadão de reivindicar um melhor salário, um melhor trabalho. Mesmo que prejudique a rotina da população, é um direito que eles têm.”
Pedro Luis, 41, contabilista, Duas Pedras
“Eu acho greve um direito de todo trabalhador. Desde que a greve seja organizada, justa e sem brigas e baderna, eu concordo. Todo mundo tem que lutar pelos seus direitos e para uma melhor qualidade de vida.”
Sônia Nunes, 64, aposentada, Centro
“A greve dos vigilantes é um direito deles e estão certos de lutar por isso. Infelizmente, no nosso país, as coisas não vêm de graça. Se não lutarmos, não conseguimos um reajuste decente. Eu, sendo membro do Sindicato dos Bancários, apoio a luta deles e torço pela vitória deles, assim como fizemos em anos anteriores.”
Luiz Gabriel Almeida Veloso, 44, bancário, São Geraldo
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