Greve dos professores estaduais continua

Classe reivindica reposição salarial de 30%, retorno do calendário de pagamento no segundo dia útil do mês para aposentados e ativos, fim do parcelamento de salários, entre outras demandas
quinta-feira, 09 de junho de 2016
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)
(Foto: Lúcio Cesar Pereira)

A cerca de 48 horas de completar 100 dias, a greve dos professores da rede pública do estado do Rio de Janeiro continua. E o pior, sem uma previsão de termino. A categoria decidiu quarta-feira, 8, em assembleia no Rio de Janeiro, pela continuação da paralisação por ampla maioria, com palavras de ordem, como “Não tem arrego”. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quinta-feira, 16.

Os professores reivindicam reposição salarial de 30%, retorno do calendário de pagamento no segundo dia útil do mês para aposentados e ativos, fim do parcelamento de salários, entre outras demandas. Atualmente os servidores tem recebido no décimo útil do mês.

Em reunião com os grevistas, o secretário estadual de Educação, Wagner Victer, informou que não há perspectiva de reajuste salarial e que vai manter o calendário de pagamentos até o décimo dia  dia útil do mês subsequente. Também não está descartado o parcelamento dos salários devido a grave crise econômica do estado.

Sobre a reivindicação de 30 horas de jornada para funcionários, há um projeto de lei tramitando na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mas sua aprovação está condicionada ao fim da greve. O governo também condicionou a convocação dos professores ainda não enquadrados em “uma matrícula, uma escola” ao fim da greve.

De acordo com a Secretaria estadual de Educação (Seeduc), serão respeitados os 200 dias letivos, conforme previsto em lei. Algumas escolas poderão não ter o recesso do período olímpico, em agosto deste ano, e avançar o ano letivo de 2016 em dezembro, janeiro e até fevereiro de 2017.

Desde o início da greve, em 2 de março, os estudantes decidiram apoiar a luta dos profissionais do ensino e chegaram a ocupar mais de 40 escolas no estado.  Apenas duas escolas, que funcionam no mesmo prédio, permanecem ocupadas, segundo a secretaria. Em Nova Friburgo, a única unidade ocupada é o Colégio Jamil El-Jaick, no Centro. Nas demais escolas estaduais no município, a adesão de professores à greve, segundo o sindicato da categoria (Sepe) é de aproximadamente 60%.

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