A greve nacional dos caminhoneiros atrasou, mais uma vez, a reinauguração da Praça das Colônias, no Suspiro, prevista para esta quarta-feira, 30. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, a paralisação da categoria, que também teve reflexos em Nova Friburgo, impediu a entrega de materiais elétricos para o espaço, que já sem os tapumes na portaria.
“Na próxima semana, a Secretaria de Obras e a empreiteira vão se reunir e definir uma nova data para a entrega da Praça das Colônias, que deve acontecer em breve”, informou a prefeitura em nota. A reabertura é aguardada com ansiedade pelos integrantes da Associação das Colônias de Nova Friburgo (Ascofri). Em entrevista recente a A VOZ DA SERRA, Alex Alfaya, presidente da entidade, disse que o espaço será disseminador da multiculturalidade do município e vai fomentar o turismo.
“Para que isso aconteça, temos um leque muito grande de opções de atividades planejadas, como aulas de idiomas, dança e artesanato. Cada colônia tem sua diversidade cultural e a ideia é que essa diversidade seja explorada em cada uma das salas”, revelou Alfaya, que também é representante da Colônia Espanhola no município.
As atividades que serão desenvolvidas pelas dez colônias na praça ainda serão definidas pela Ascofri junto com a prefeitura. O espaço está fechado desde a tragédia climática de 2011. Na ocasião, um deslizamento de uma encosta do morro do teleférico atingiu o local.
No último dia 20, o público que assistiu ao show de Alceu Valença com a Orquestra de Ouro, no anfiteatro, durante a festa do bicentenário da cidade, pode conferir como está ficando a novas instalações da Praça das Colônias após as reformas. O acesso ao teatro à céu aberto se deu pelo espaço, que recebeu reparos e novo telhado.
Situada entre o Teatro Municipal Laercio Ventura e a capela de Santo Antônio, o ponto turístico foi criado para a divulgação da cultura das colônias alemã, espanhola, portuguesa, suíça, húngara, austríaca, italiana, japonesa, libanesa e pan-africana, que participam ativamente da história no município.
Depois da tragédia, as obras de reforma começaram em junho de 2015, através de um convênio firmado entre o município e o Ministério do Turismo, intermediado pela Caixa Econômica Federal, e deveriam concluídas no início de 2016. A reforma, porém, foi interrompida diversas vezes por impasses burocráticos.
Orçado em R$ 497.370,29, o projeto previu a reforma da cozinha, do restaurante e reparos nos banheiros, que terão adaptações para portadores de necessidades especiais, além da construção de um depósito para uso do restaurante e a instalação de um sistema de captação de águas das chuvas nos telhados, inclusive na nova cobertura central. A água recolhida será reaproveitada para manutenção de jardins e limpeza. A praça deve ser reaberta em junho.
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