A greve dos bancários, que começou na última quinta-feira, 8, parece ainda não ter prazo para acabar. Na sexta-feira, 9, o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos se reuniram com o intuito de chegar a um consenso que pudesse pôr fim à paralisação, mas as propostas da Fenaban foram rejeitadas. Nesta terça-feira, 13, mais uma rodada de negociações deve acontecer.
Na última reunião, os bancos propuseram reajuste de 7% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 3,3 mil. De acordo com o Sindicato dos Bancários, este valor não cobriria sequer a inflação do período, que em agosto fechou em 9,62%. Em resposta a oferta, o Comando Nacional informou que “orienta o fortalecimento da greve em todas as bases sindicais”.
Dentre as revindicações da categoria estão a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90. Também fazem parte das reivindicações: um salário mínimo (R$ 880) para cada um dos vales: alimentação, refeição; para a 13ª cesta e o auxílio-creche.
Em tempos de paralisação, a alternativa para os clientes que precisam usar os serviços bancários é recorrer aos caixas eletrônicos para realizar agendamento e pagamento de contas (dentro do prazo), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques e transferências. Já nos correspondentes bancários (postos dos Correios, lotéricas e supermercados), é possível pagar contas dos serviços públicos, sacar dinheiro/benefícios e realizar depósitos.
A última greve dos bancários, em outubro de 2015, durou 21 dias. A proposta aprovada pelo Comando Nacional dos Bancários na ocasião chegou a um reajuste salarial e participação nos lucros de 10%, em resposta à reivindicação de 16%, além de correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.
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