Greve da rede estadual de ensino com pouca adesão em Nova Friburgo

quarta-feira, 14 de maio de 2014
por Jornal A Voz da Serra

Karine Knust

A greve nas instituições estaduais de ensino começou na última segunda-feira, 12, mas parece não ter emplacado em Nova Friburgo. De acordo com o assessor do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Rodrigo Inácio, nenhuma escola aderiu 100% ao movimento: "Na verdade, existem apenas casos pontuais de adesão. Apenas alguns professores da rede estadual estão em greve”, diz ele. 

No ano passado, a rede estadual de ensino entrou em greve por 70 dias e só deu fim à paralisação depois de um acordo firmado com o governo do estado. Segundo o Sepe, até o momento o acordo não foi cumprido e por isso os professores exigem que os compromissos sejam honrados. O reajuste de 20% dos salários, o plano de carreira, a restrição de um terço da carga horária para planejamento das aulas e a redução de 40 para 30 horas semanais na carga horária dos profissionais de administração são as reivindicações. Não há tempo determinado para o fim da greve.

A categoria se reunirá hoje, 15, em assembleia no Rio de Janeiro, para definir rumos. A Secretaria Estadual de Educação afirma lamentar a decisão, alegando que ela prejudica os alunos.

 

Ministro do STF autoriza corte de ponto dos professores

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, autorizou na última terça-feira, 13, o corte do ponto dos professores que aderiram à greve. A medida começou a valer ontem, 14. 

As sanções previstas pelo regime jurídico da categoria, como a abertura de processos administrativos, também serão aplicadas. A audiência de conciliação realizada em Brasília contou com integrantes da Secretaria de Educação, Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado. Nenhum membro do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação compareceu às reuniões. Ao término dos dois encontros, o ministro decidiu suspender os efeitos do acordo assinado em outubro de 2013 — que pôs fim a greve do ano passado —, assim como todos os benefícios, até que o Sepe determine o fim da greve.

Até o momento, o Estado afirma que não vai retirar o que foi acordado. Porém, vai aguardar a decisão da assembleia de professores que ocorre amanhã para reavaliar a decisão. 




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