Além da Justiça Federal e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), os serviços da 1ª e 2ª Varas de Trabalho de Nova Friburgo também estão interrompidos desde o último dia 10 em função da greve dos servidores. Faixas e cartazes informando o motivo da paralisação estão atraindo a atenção de quem passa em frente à sede das varas, situada na Avenida Alberto Braune, 128. Alguns servidores também estiveram concentrados no local, onde há panfletos informando os motivos da greve.
O comunicado destaca que a categoria reivindica a reposição das perdas decorrentes da inflação. “A última reposição de perdas salariais ocorreu em 2006, e desde então a inflação acumulada foi de quase 70%, enquanto os servidores tiveram reajuste de apenas 15,8% neste período”, diz um trecho do informe. O panfleto destaca que a greve é pela aprovação do Projeto de Lei Complementar 28/2015, que reestrutura a carreira e revisa o salário dos servidores do Judiciário Federal e tramita há anos no Congresso Nacional. “Desde 2009, o governo federal vem se utilizando de manobras políticas e regimentais para barrar a tramitação desse projeto de lei. A greve é necessária para mostrar que os trabalhadores do Poder Judiciário Federal não aceitarão novas manobras nesse momento decisivo”, esclarece outro trecho do comunicado.
Vale destacar que a greve foi deflagrada por tempo indeterminado e é de âmbito nacional, abrangendo cerca de 100 mil servidores em todo o Brasil da Justiça Federal, do TRE e do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). No Estado do Rio, os servidores do TRT têm feito várias atividades nas varas da capital e de municípios do interior como Niterói, Macaé, Campos, Petrópolis, e Duque de Caxias.
Em Nova Friburgo, a categoria também está mobilizada mas não se concentrou ontem, 15, em frente à sede do órgão, que atende a demandas trabalhistas de Nova Friburgo e de oito municípios circunvizinhos do Centro-Norte fluminense, subordinados a 2ª Vara. Apesar de legítima, a greve já vem retardando o andamento das ações trabalhistas ajuizadas nas duas varas bem como a pauta de audiências agendadas, conforme algumas queixas encaminhadas à redação de A VOZ DA SERRA. Os serviços só não foram interrompidos para os casos de emergência ou inadiáveis.
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