O número de policiais responsáveis por patrulhar as ruas de Nova Friburgo e mais oito municípios vizinhos do Centro-Norte, sob o comando do 11º BPM, aumentou cerca de 3%, com o retorno do pagamento do Regime Adicional de Serviço (RAS). Parece pouco, mas, de acordo com o comandante do batalhão, coronel Eduardo Vaz Castelano, pelo menos 15 policiais já integram, desde maio, o reforço no patrulhamento nos horários que estariam de folga das escalas do quartel. O Batalhão Tiradentes possui hoje um efetivo de 510 oficiais homens e mulheres, que não se beneficiavam com as horas extras do RAS desde o começo de 2017 por conta da crise financeira no estado.
“Inicialmente, oito oficiais estavam lotados no RAS em Nova Friburgo e nas cidades vizinhas sob a tutela do 11ºBPM. É importante frisar que a distribuição dos PMs nesse patrulhamento extra foi organizada a fim de auxiliar os locais onde há maior demanda, por conta da mancha criminal”, explicou o comandante.
Os policiais, de acordo com o coronel Castelano, auxiliam no patrulhamento de rotina e também em ações específicas. “Além de cumprirem com o patrulhamento normal, os oficiais integram as equipes que realizam operações no combate ao tráfico de drogas, entre outras ações táticas, no município”, completou o comandante.
O que é o RAS?
O RAS foi criado pelo pela Secretaria estadual de Segurança Pública em 2012 como forma de oficializar os “bicos” realizados por PMs nos períodos de folga nos quartéis da corporação. Ou seja, os policiais passaram a receber horas extras para trabalhar nas áreas de atuação dos batalhões onde eles estão integrados, durante suas folgas. No entanto, quando o RAS foi criado, era facultativo.
O aumento no contingente de PMs nas ruas veio bem a calhar. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pública (ISP), em um ano, número de furtos triplicou em Nova Friburgo. Somente em fevereiro passado, o município contabilizou 109 furtos, contra 36 no mesmo período de 2017, ou seja, mais que o triplo dos casos. Somando os dois primeiros meses deste ano, foram 218 registros de furtos na Delegacia Legal, 115 casos a mais do que no ano passado, quando foram registrados 103 crimes deste tipo.
Entre os índices, os furtos de veículos tiveram um aumento expressivo, saindo de apenas sete casos nos dois primeiros meses de 2017 para 28 casos em janeiro e fevereiro de 2018. Os furtos a residências, estabelecimentos comerciais, transeuntes, entre outros, também tiveram forte crescimento. De acordo com o levantamento, foram 92 em janeiro e 95 em fevereiro deste ano, contra 61 e 34, respectivamente, em 2017.
Ainda segundo o ISP, os dados também mostram o crescimento dos crimes de roubo. Ao todo, foram 47 casos no primeiro bimestre, contra 34 no mesmo período de 2017 e 22 em 2016. O total de tentativas de homicídio cresceu 266%, passando de três nos primeiros dois meses de 2016 para 11 no mesmo período deste ano.
O levantamento aponta também que os registros de ameaça subiram de 102 para 178 e os de estelionato, de 30 para 52. No caso dos crimes de estupro, os números baixaram de 13 para nove, enquanto os registros referentes a apreensão de drogas no município quase não tiveram alteração, diminuindo de 96 no primeiro bimestre de 2017, para 95 em 2018.
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